sexta-feira, 24 de junho de 2011

Conheça os SINTOMAS e evite os PRECONCEITOS

A dislexia é uma dificuldade na leitura, escrita e soletração de palavras, frases e textos que pode comprometer seriamente a evolução escolar de crianças acometidas pelo distúrbio. Normalmente, o disléxico tem atraso na aquisição da linguagem, é propenso a trocar letras na hora de falar, apresenta dificuldades em assimilar as cores, números em sequência e memorização de músicas. A aversão a livros e a tudo relacionado à escrita é inevitável, pois, para os disléxicos, essa representação da linguagem nada mais é do que uma grande sopa de letrinhas. É uma dificuldade duradoura que manifesta-se já na primeira infância em crianças inteligentes e sem quaisquer perturbações sensoriais ou psíquicas. Contudo, o diagnóstico só pode ser conclusivo quando a criança inicia a alfabetização.

É preciso uma investigação criteriosa realizada por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. O diagnóstico é fechado depois da exclusão de outros fatores, como deficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais congênitas ou adquiridas e desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar. Apesar de atingir grande parte da população mundial - em torno de 15% – a doença ainda é pouco divulgada e grande parte das crianças disléxicas sofrem com o preconceito. Muitas acabam abandonando a escola após serem taxadas de “burras” ou “preguiçosas”. Frases como “ela não aprende porque não quer” “tem preguiça de ler e escrever” “não gosta de estudar” são comuns e representam um grande desestimulo para o aprendizado.

“É tudo muito confuso para a vítima desse transtorno. Os disléxicos têm baixa autoestima, julgam que são incapazes e fogem de tudo relacionado à escrita. Ao mesmo tempo, eles desenvolvem outras habilidades muito bem e entram em conflito por conta disso”, explica a psicóloga infantil Vânia Jughartha Bonna


Não existe um padrão, mas as vítimas desse distúrbio geralmente são excelentes em artes plásticas, música e matemática. O nível de inteligência é, no mínimo, na mesma média apresentada pela população em geral. “Albert Einstein, físico alemão que propôs a teoria da relatividade e conquistou o Prêmio Nobel de Física em 1921, era disléxico. Em anos de experiência, nunca avaliei um disléxico que não tivesse uma inteligência superior”, afirma a fonoaudióloga e psicóloga Alice Sumihara.

A dislexia pode variar de leve à severa. “Em casos raros, a pessoa jamais conseguirá ser alfabetizada. Já nas situações em que ela se apresenta de forma moderada ou leve, desde que acompanhados e tratados, os disléxicos conseguem desenvolver mecanismos para driblar as dificuldades e levar uma vida acadêmica normal. Muitos se formam e são profissionais extremamente bem-sucedidos”, garante Alice. O tratamento depende do grau de intensidade da dislexia.O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento e diagnóstico.

Em 2008 foram realizados, em todo o país, 3.482.600 atendimentos relacionados ao problema, segundo o Ministério da Saúde.ós diagnósticado do problema, é importante deixar claro para a criança que a dislexia não significa falta de inteligência, má alfabetização, preguiça ou desatenção. É essencial que os pais e professores acompanhem e motivem a criança dentro das suas limitações.

FONTE DISLEXICOS SAIBA SEUS DIREITOS, AGÊNCIA BRASIL E PORTAL DA DILEXIA

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