TECNOLOGIA JÁ FAZ PARTE DO COTIDIANO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS
Propor novas possibilidades para o processo de inclusão de pessoas portadoras de alguma deficiência é o principal objetivo do projeto “O computador no processo de inclusão”. Foi pensando numa maneira de lidar com as diferenças de maneira produtiva que a professora Giani Oliveira, da Escola Municipal Dr. Abdon Baptistas, em Joinville (SC), deu início a um processo que previa a adaptação das atividades propostas em sala de aula para alunos que utilizariam um computador pessoal no lugar de cadernos.
Como se trata de um processo de inclusão, a criança atendida por este trabalho sempre usará o computador em classe. Ainda que seu próximo professor não domine tal tecnologia ambos não encontrarão muitos problemas, já que o próprio aluno estará familiarizado com as ferramentas, sabendo dominá-las.
O início
No primeiro dia de aula deste ano, a mãe de um aluno procurou a professora Giani alegando que seu filho tinha uma síndrome denominada kippel-trenaunay-weber, e que não era possível prever como seria sua aprendizagem, segundo médicos.
O primeiro passo foi a identificação do problema: como propiciar a um aluno portador desta síndrome tão rara a participação em todas as atividades proposta em aula? A observação e análise do contexto escolar na busca de uma solução viável e eficaz levaram os educadores a concluir que a adoção de um computador pessoal em sala de aula permitiria a inclusão deste aluno portador de necessidades especiais.
"Todos têm o direito a aprender, e o computador pode e deve ser utilizado para esse fim", conta Giani.
Depois de concluir que essa seria a melhor solução, a dificuldade estava em conseguir o computador – já que os meios legais exigem muita burocracia. Mas graças a uma professora voluntária, a escola recebeu a doação do computador e o projeto foi colocado em prática.
Para desenvolver o projeto, Giani fez uso de todo o conhecimento adquirido no programa Aluno Monitor Microsoft. Para ela, o computador será utilizado pelo aluno durante toda a sua vida escolar e é imprescindível que ele domine a máquina. “Quando me deparei com o curso, compreendi o que o aluno precisa dominar. Até então eu passava noções básicas de Word, Paint e Excel. Depois do curso, passei a explicar o que é um computador, como funciona, detalhes sobre cada programa. Agora sei o que ele precisa para não ter problemas nesta sua jornadas escolar”, afirma a educadora.
Dificuldades
A maior dificuldade, no entanto, ainda estaria por vir: não é fácil romper com modelos tradicionais instituídos pela educação vigente. Quando Giani optou por colocar um computador em sala de aula, modificou toda a estrutura educacional já consolidada, modificando o formato dos trabalhos realizados com os alunos.
Além disso, os educadores não sabiam qual seria a reação dos 27 alunos da 1ª série do Ensino Fundamental. As crianças, com idade em torno de oito anos, não estavam acostumadas a lidar com um computador na sala de aula e os professores não podiam prever de que maneira lidariam com a inclusão desse método de aprendizagem aplicado a um único aluno.
Resultados
O computador fez toda a diferença no processo de aprendizagem do aluno com deficiência. Ele desenvolve suas competências porque utiliza a tecnologia – não como dependência, mas antes como meio que viabiliza a realização das atividades.
"A tecnologia faz parte do cotidiano de nossas crianças. Para eles que nasceram nesta sociedade tecnológica, o computador não possui segredos. Eles são ousados”. E completa: “Há momentos em que eu me pergunto se não estamos emburrecendo estes pequenos com a nossa escola arcaica. Todavia, atravessamos um momento histórico, onde muitos professores se sentem incomodados e lançam sementes que não se perderão pelo caminho".
Sem contar que houve a recuperação da auto-estima e os professores observaram que a inserção deste aluno no processo de aprendizagem se deu de maneira natural. Os colegas encaram como algo natural sem nem se dar conta de que faz parte de um processo de inclusão.
O Projeto “O computador no processo de inclusão” vai muito além da realização de atividades em sala de aula. Envolve convivência, paciência e dedicação dos educadores que acreditam na capacidade individual e única de cada aluno. Como os resultados foram positivos, a idéia é dar continuidade à inclusão e ampliar o processo para outras turmas.
Reportagem: Adriana de Souza e Fernanda Silva
Fonte: Microsoft Educação: Programas em Ação
terça-feira, 22 de junho de 2010
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