Avaliação para Dislexia de Leitura e Percepção Visual
Nome: ________________________________________________________
Data: ____/____/______ Nº do Prontuário: _________ Idade: ________
Screener: ______________________________________________________
Habilidades Acadêmicas
Leitura Insuficiente Normal Bom
Significado de palavras
Fonemas
Pronúncia
Ritmo
Compreensão
Atenção sustentada
Leitura rápida
Retenção de vocabulário
Matemática Insuficiente Normal Ótimo
Fatos
Conceitos
Problemas com palavras
Velocidade
Exatidão
Escrita à mão Ruim Normal Ótimo
Qualidade da letra
Lento Normal Rápido
Ritmo
Muitos erros Alguns erros Ótimo
Cópia (de livros, do quadro, etc)
Redação Insuficiente Normal Ótimo
Gramática
Estrutura de frases
Organização de parágrafos sequencializados
Pontuação
Revisão
Habilidade de audição Insuficiente Normal Ótimo
Em palestras
Socialmente
Freqüentemente às vezes raramente
Sonha acordado
Provas Insuficiente Normal Ótimo
Composições
Respostas curtas
Muitos erros Alguns erros Precisa
Tabelas / Gráficos
Múltipla escolha
Memória Insuficiente Normal Ótimo
Curta
Longa
Fatos / Detalhes
Conceitos
Material escutado
Habilidades de Estudo
Questionário de Estratégias Irlen
Caso seu filho esteja no Ensino Fundamental, favor responder às seguintes perguntas:
Sim Não
Alguém lê as instruções para ele ou dá apoio individual?
Alguém o ajuda com o dever de casa constantemente?
Alguém corrige ou reescreve constantemente os exercícios para ele?
Seu filho dita o que escreve e então reescreve?
Seu filho tem dificuldade de se expressar pela escrita?
TOTAL ____/ 5
Caso seu filho esteja no Ensino Fundamental, médio ou superior, por favor responda:
Sim Não
Lê em voz alta ou murmura para si quando faz os exercícios.
Outras pessoas lêem livros para ele / você.
Já achou impossível ler um livro até o final.
Dita seus relatórios.
Outras pessoas editam seus relatórios ou trabalhos escritos.
Você necessita de um dicionário para ler ou escrever.
Outras pessoas resumem livros ou relatam informações para você?
Evita ler livros didáticos?
Lê o início ou o final de parágrafos ou capítulos ao invés de ler
o capítulo inteiro?
É ajudado com a lição de casa por seus pais ou amigos?
Evita exercícios de escola ou simplesmente não os faz?
Passou de ano apenas ouvindo as aulas em sala sem precisar de muita leitura.
Acha mais fácil aprender informações novas em grupos de discussão do que lendo.
Acha difícil ouvir e anotar simultaneamente. Problemas de comportamento ou de atitude na escola.
Considerado preguiçoso ou desmotivado na escola.
Acha que tem dificuldade de aprendizado e se considera lento.
Estuda muito para tirar boas notas mas ainda assim, sente que é mais inteligente do que notas indicam.
TOTAL ____/ 17
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Avaliação p/ DISLEXIA de LEITURA e PERCEPÇÃO VISUAL
Avaliação para Dislexia de Leitura e Percepção Visual
Nome: ________________________________________________________
Data: ____/____/______ Nº do Prontuário: _________ Idade: ________
Screener: ______________________________________________________
Caracterização
Sensibilidade à luz Sim Não
Desconforto com luz do sol.
Desconforto por ofuscamento.
Uso freqüente de óculos escuros.
Incômodo por luzes ¬fluorescentes e/ou brilhantes.
Cansado ou nauseado por luzes ¬fluorescentes e/ou brilhantes.
Dores de cabeça sob iluminação brilhante e ¬fluorescente.
Inquieto sob iluminação brilhante e ¬fluorescente.
Dificuldades p/ ouvir sob iluminação brilhante e ¬fluorescente
Baixa produtividade sob iluminação brilhante e ¬fluorescente.
Sente que a luz está fraca durante a leitura.
Sente que a luz está muito brilhante durante a leitura.
Prefere ler à meia luz.
Segue com os dedos ou outro meio para delimitar o local da leitura.
Procura fazer sombra sobre o local onde está lendo.
TOTAL ____/ 14
Tipos de dificuldade a leitura Sim Não
Salta palavras ou linhas.
Repete ou relê as linhas.
Mantém leitura por uma hora ou menos.
Perde o local onde estava lendo.
Lê com interrupções e paradas.
Omite palavras menores.
Pouca compreensão da leitura.
Leitura vai se tornando cada vez mais complexa.
Evita leituras.
Evita a leitura como lazer.
Necessita releitura para compreensão.
Inversão de letras e/ou números.
TOTAL ____/ 12
Direção Sim Não
Dificuldade em estacionar paralelamente.
Sente-se como se fosse bater no carro da frente quando estaciona.
Ao estacionar, fica longe ou bate no meio fio.
Dificuldade na conversão à direita ou esquerda.
Insegurança ou extrema cautela ao mudar de faixa.
Os passageiros ficam tensos quando você faz a mudança de faixa.
Os passageiros mencionam que você cola no carro à frente.
Cautela excessiva, deixando espaço extra entre você e o carro à frente.
TOTAL ____/ 8
Esportiva com a bola Sim Não
Problemas em visualizar o movimento da bola de ( baseball,
tênis, golfe ou squash).
Dificuldade para ver a bola ao assistir esportes na TV.
Na TV, ao assistir jogos, você consegue ver a bola e nada além.
Problemas ao pegar ou bater na bola.
Dificuldade em jogar sinuca.
Dificuldade em rebater na bola ao jogar baseball ou tênis.
Problemas para aprender a andar de bicicleta.
Ao pular corda, pula antes da hora ou pula em cima da corda.
Em equipamentos de playground como anéis ou barras, sua
movimentação é dificultada.
TOTAL ____/ 8
Cansaço dentro de um carro Sim Não
Como passageiro, fica enjoado.
Como motorista, fica enjoado.
O brilho no espelho retrovisor.
O brilho vindo do espelho retrovisor do carro da frente.
Os faróis ou iluminação das ruas durante a noite.
Evita beber à noite.
Tem cegueira noturna.
Incomodado com as luzes traseiras dos carros.
Incomodado com as luzes de freio.
Sente-se estressado ao dirigir na chuva (ofuscamento).
TOTAL ____/ 10
Durante a leitura ou utilizando o computador, você Sim Não
Coça os olhos.
Aproxima ou afasta a cabeça.
Aperta os olhos.
Arregala os olhos.
Interrupções regulares.
Muda de posição para evitar ofuscamento.
Fecha ou cobre um dos olhos.
Move a cabeça.
Lê palavra por palavra.
Incapaz de ler com rapidez.
Você se sente cansado ou tem dores de cabeça quando: Sim Não
Lê.
Escuta.
Trabalha com documentos ou escrita a lápis.
Trabalha no computador.
Assiste TV, filmes, ou produções teatrais.
Faz cópia.
Faz exercícios de matemática.
Joga videogames.
Faz trabalhos que exigem atenção visual constante como bordados, costuras, palavras cruzadas, soldas, colagem em madeira, etc.
Trabalha sob luz brilhante ou fosforescente.
Fixa em listras, xadrezes, cores brilhantes e contrastantes.
Escrita à mão Sim Não
Escrita tende a subir ou descer pela linha.
Letras de tamanho irregular.
Espaço irregular ou não existente entre letras ou palavras.
Incapaz de escrever na linha.
Omite palavras, letras ou sinais de pontuação.
Ao escrever uma redação: Sim Não
É desorganizado.
Tem problemas com pontuação.
Tem problemas para revisar texto.
Omissão de letras ou palavras.
Escreve sem reler.
Ao copiar: Sim Não
Perde o local ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Omite palavras ( livro, quadro negro, quadro branco ).
É lento ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Sim Não
Cópias incompletas ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Tem erros por falta de atenção ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Pisca ou aperta os olhos ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Distrai-se com facilidade.
Difi¬culdades para copiar.
Difi¬culdade de concentração na escrita / redação
Di¬ficuldade para concentrar-se durante escrita ou redação.
Distração na leitura / escrita.
Distração na escuta.
Disperção em provas / testes.
Sonha acordado em aulas e conferências.
Manutenção da atenção durante as tarefas.
Problemas para iniciar tarefas.
Di¬ficuldades na transposição para folhas de resposta.
Matemática Sim Não
Desalinha dígitos em colunas numéricas.
Di¬ficuldade em visualizar os números nas colunas corretas.
Comete erros por descuido / falta de atenção.
Usa os dedos, régua ou outro tipo de marcador ao trabalhar
com colunas numéricas.
Difi¬culdade para ver sinais, símbolos, números ou pontos decimais.
Reversão de números / sentenças matemáticas.
Música Sim Não
Problemas na leitura das notas.
Prefere memorizar a ler uma partitura.
Prefere tocar de ouvido.
Usa os dedos para seguir as notas musicais.
Perde o local onde estava lendo ao tocar.
Tem problemas em ler notas musicais e palavras juntas.
Tem di¬ficuldade em interpretar as notações musicais.
Progride pouco mesmo com práticas regulares.
Percepção de profundidade Sim Não
Di¬ficuldade ao subir e descer de escadas rolantes.
Esbarra em pontas de mesa ou portas.
Di¬ficuldade ao subir ou descer escadas.
Di¬ficuldade ao medir distâncias.
Deixa cair / derruba objetos.
Quando criança, tinha propensão a acidentes ou hematomas
nas pernas / braços.
Quando anda ao lado de alguém, você esbarra na pessoa.
Quando anda, sente tonturas
Nome: ________________________________________________________
Data: ____/____/______ Nº do Prontuário: _________ Idade: ________
Screener: ______________________________________________________
Caracterização
Sensibilidade à luz Sim Não
Desconforto com luz do sol.
Desconforto por ofuscamento.
Uso freqüente de óculos escuros.
Incômodo por luzes ¬fluorescentes e/ou brilhantes.
Cansado ou nauseado por luzes ¬fluorescentes e/ou brilhantes.
Dores de cabeça sob iluminação brilhante e ¬fluorescente.
Inquieto sob iluminação brilhante e ¬fluorescente.
Dificuldades p/ ouvir sob iluminação brilhante e ¬fluorescente
Baixa produtividade sob iluminação brilhante e ¬fluorescente.
Sente que a luz está fraca durante a leitura.
Sente que a luz está muito brilhante durante a leitura.
Prefere ler à meia luz.
Segue com os dedos ou outro meio para delimitar o local da leitura.
Procura fazer sombra sobre o local onde está lendo.
TOTAL ____/ 14
Tipos de dificuldade a leitura Sim Não
Salta palavras ou linhas.
Repete ou relê as linhas.
Mantém leitura por uma hora ou menos.
Perde o local onde estava lendo.
Lê com interrupções e paradas.
Omite palavras menores.
Pouca compreensão da leitura.
Leitura vai se tornando cada vez mais complexa.
Evita leituras.
Evita a leitura como lazer.
Necessita releitura para compreensão.
Inversão de letras e/ou números.
TOTAL ____/ 12
Direção Sim Não
Dificuldade em estacionar paralelamente.
Sente-se como se fosse bater no carro da frente quando estaciona.
Ao estacionar, fica longe ou bate no meio fio.
Dificuldade na conversão à direita ou esquerda.
Insegurança ou extrema cautela ao mudar de faixa.
Os passageiros ficam tensos quando você faz a mudança de faixa.
Os passageiros mencionam que você cola no carro à frente.
Cautela excessiva, deixando espaço extra entre você e o carro à frente.
TOTAL ____/ 8
Esportiva com a bola Sim Não
Problemas em visualizar o movimento da bola de ( baseball,
tênis, golfe ou squash).
Dificuldade para ver a bola ao assistir esportes na TV.
Na TV, ao assistir jogos, você consegue ver a bola e nada além.
Problemas ao pegar ou bater na bola.
Dificuldade em jogar sinuca.
Dificuldade em rebater na bola ao jogar baseball ou tênis.
Problemas para aprender a andar de bicicleta.
Ao pular corda, pula antes da hora ou pula em cima da corda.
Em equipamentos de playground como anéis ou barras, sua
movimentação é dificultada.
TOTAL ____/ 8
Cansaço dentro de um carro Sim Não
Como passageiro, fica enjoado.
Como motorista, fica enjoado.
O brilho no espelho retrovisor.
O brilho vindo do espelho retrovisor do carro da frente.
Os faróis ou iluminação das ruas durante a noite.
Evita beber à noite.
Tem cegueira noturna.
Incomodado com as luzes traseiras dos carros.
Incomodado com as luzes de freio.
Sente-se estressado ao dirigir na chuva (ofuscamento).
TOTAL ____/ 10
Durante a leitura ou utilizando o computador, você Sim Não
Coça os olhos.
Aproxima ou afasta a cabeça.
Aperta os olhos.
Arregala os olhos.
Interrupções regulares.
Muda de posição para evitar ofuscamento.
Fecha ou cobre um dos olhos.
Move a cabeça.
Lê palavra por palavra.
Incapaz de ler com rapidez.
Você se sente cansado ou tem dores de cabeça quando: Sim Não
Lê.
Escuta.
Trabalha com documentos ou escrita a lápis.
Trabalha no computador.
Assiste TV, filmes, ou produções teatrais.
Faz cópia.
Faz exercícios de matemática.
Joga videogames.
Faz trabalhos que exigem atenção visual constante como bordados, costuras, palavras cruzadas, soldas, colagem em madeira, etc.
Trabalha sob luz brilhante ou fosforescente.
Fixa em listras, xadrezes, cores brilhantes e contrastantes.
Escrita à mão Sim Não
Escrita tende a subir ou descer pela linha.
Letras de tamanho irregular.
Espaço irregular ou não existente entre letras ou palavras.
Incapaz de escrever na linha.
Omite palavras, letras ou sinais de pontuação.
Ao escrever uma redação: Sim Não
É desorganizado.
Tem problemas com pontuação.
Tem problemas para revisar texto.
Omissão de letras ou palavras.
Escreve sem reler.
Ao copiar: Sim Não
Perde o local ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Omite palavras ( livro, quadro negro, quadro branco ).
É lento ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Sim Não
Cópias incompletas ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Tem erros por falta de atenção ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Pisca ou aperta os olhos ( livro, quadro negro, quadro branco ).
Distrai-se com facilidade.
Difi¬culdades para copiar.
Difi¬culdade de concentração na escrita / redação
Di¬ficuldade para concentrar-se durante escrita ou redação.
Distração na leitura / escrita.
Distração na escuta.
Disperção em provas / testes.
Sonha acordado em aulas e conferências.
Manutenção da atenção durante as tarefas.
Problemas para iniciar tarefas.
Di¬ficuldades na transposição para folhas de resposta.
Matemática Sim Não
Desalinha dígitos em colunas numéricas.
Di¬ficuldade em visualizar os números nas colunas corretas.
Comete erros por descuido / falta de atenção.
Usa os dedos, régua ou outro tipo de marcador ao trabalhar
com colunas numéricas.
Difi¬culdade para ver sinais, símbolos, números ou pontos decimais.
Reversão de números / sentenças matemáticas.
Música Sim Não
Problemas na leitura das notas.
Prefere memorizar a ler uma partitura.
Prefere tocar de ouvido.
Usa os dedos para seguir as notas musicais.
Perde o local onde estava lendo ao tocar.
Tem problemas em ler notas musicais e palavras juntas.
Tem di¬ficuldade em interpretar as notações musicais.
Progride pouco mesmo com práticas regulares.
Percepção de profundidade Sim Não
Di¬ficuldade ao subir e descer de escadas rolantes.
Esbarra em pontas de mesa ou portas.
Di¬ficuldade ao subir ou descer escadas.
Di¬ficuldade ao medir distâncias.
Deixa cair / derruba objetos.
Quando criança, tinha propensão a acidentes ou hematomas
nas pernas / braços.
Quando anda ao lado de alguém, você esbarra na pessoa.
Quando anda, sente tonturas
terça-feira, 22 de junho de 2010
PARCERIA entre FAMÍLIA,ESCOLA e PROFISSIONAIS
PARCERIA ENTRE FAMÍLIA, ESCOLA E PROFISSIONAIS
Família e escola são pontos de apoio e sustentação à criança. Desta forma, conhecer o aluno é uma tarefa primordial do professor e da escola, pois irá interferir no planejamento educacional mais adequado. Já a família, é o cenário onde se vivem experiências que orientam o comportamento do indivíduo para a vida. Além destas bases, o aluno pode contar ainda com o apoio multidisciplinar, cuja função é a de resgatar potencialidades individuais e fazer com que o sujeito compreenda melhor suas atitudes diante de atitudes dos outros.
Entender o indivíduo como parte de um sistema, com elementos que interagem entre si, influenciando cada parte e sendo por ela influenciado, traz uma luz à compreensão acerca do desenvolvimento humano, contribuindo para a reflexão sobre os contextos familiar, escolar e multidisciplinar, que tanto podem ser elementos de inclusão e segurança, como fontes de conflitos.
A parceria se baseia no relacionamento entre pessoas ou instâncias que apresentam objetivos comuns. No caso de crianças com dificuldades de aprendizagem, a parceria entre a família, a escola e também os profissionais que as acompanham deve ter como objetivo principal a criação de recursos que viabilizem o crescimento, o aperfeiçoamento acadêmico e pessoal destas crianças. Guenther (2006) enfatiza que educar é tarefa tão ampla, complexa e multidimensional, que é ingenuidade acreditar que poderia ser realizada por uma só entidade.
A partir do momento em que a escola, a família e os profissionais compreendem as dificuldades e os esforços da criança, é mais fácil buscar os recursos para ajudá-la a superar os problemas no processo de aprendizagem.
Na realidade, pode haver obstáculos na comunicação entre estas categorias. Snowling (2004) ressalta que os pais das crianças com dificuldades de aprendizagem tendem a ser percebidos de maneira negativa pela escola. Em geral, esses próprios pais tiveram dificuldade para aprender a ler e a escrever, e sua ansiedade com relação ao seu filho pode ser mesclada de culpa sobre sua própria inadequação na alfabetização. Porém, é exatamente neste ponto que a parceria pode e deve ser construída. A partir do momento em que o contexto é compreendido, o apoio se fortalece.
Em um dos casos atendidos pela equipe do Hospital de Olhos foi possível visualizar como funciona essa parceria ideal. Estavam presentes a equipe escolar (representada pela professora e a supervisora), a família e a equipe do hospital. A escola juntamente à família se mostrou interessada em se inteirar da conduta a ser realizada com o aluno a partir do novo tratamento. Nós do hospital ficamos inteirados sobre o modo como a escola trabalha e o que pensam e, portanto, entendemos melhor o dia a dia escolar. Esta interação trouxe segurança à própria criança e à família, aumentando a confiança na relação. Todos foram beneficiados!
Quanto mais eficaz for a comunicação, melhor será a parceria e mais positivos e significativos serão os resultados na formação do sujeito. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. A participação dos pais na educação formal dos filhos deve ser constante e consciente. O modo como os professores percebem as limitações de seus alunos e o modo como alertam os pais sobre estas dificuldades faz toda a diferença na busca por ajuda. O apoio do profissional especializado contribui não só para a melhora pedagógica, emocional ou cognitiva, mas essencialmente na interface entre a escola e a família.
É muito importante que essas três instâncias se tornem parceiras diante da situação de dificuldade de aprendizagem da criança. Cada um deve sentir que tem algo a contribuir dentro de suas possibilidades para o melhor desenvolvimento das potencialidades e talentos da criança.
FONTE: www.dislexiadeleitura.com.br
Família e escola são pontos de apoio e sustentação à criança. Desta forma, conhecer o aluno é uma tarefa primordial do professor e da escola, pois irá interferir no planejamento educacional mais adequado. Já a família, é o cenário onde se vivem experiências que orientam o comportamento do indivíduo para a vida. Além destas bases, o aluno pode contar ainda com o apoio multidisciplinar, cuja função é a de resgatar potencialidades individuais e fazer com que o sujeito compreenda melhor suas atitudes diante de atitudes dos outros.
Entender o indivíduo como parte de um sistema, com elementos que interagem entre si, influenciando cada parte e sendo por ela influenciado, traz uma luz à compreensão acerca do desenvolvimento humano, contribuindo para a reflexão sobre os contextos familiar, escolar e multidisciplinar, que tanto podem ser elementos de inclusão e segurança, como fontes de conflitos.
A parceria se baseia no relacionamento entre pessoas ou instâncias que apresentam objetivos comuns. No caso de crianças com dificuldades de aprendizagem, a parceria entre a família, a escola e também os profissionais que as acompanham deve ter como objetivo principal a criação de recursos que viabilizem o crescimento, o aperfeiçoamento acadêmico e pessoal destas crianças. Guenther (2006) enfatiza que educar é tarefa tão ampla, complexa e multidimensional, que é ingenuidade acreditar que poderia ser realizada por uma só entidade.
A partir do momento em que a escola, a família e os profissionais compreendem as dificuldades e os esforços da criança, é mais fácil buscar os recursos para ajudá-la a superar os problemas no processo de aprendizagem.
Na realidade, pode haver obstáculos na comunicação entre estas categorias. Snowling (2004) ressalta que os pais das crianças com dificuldades de aprendizagem tendem a ser percebidos de maneira negativa pela escola. Em geral, esses próprios pais tiveram dificuldade para aprender a ler e a escrever, e sua ansiedade com relação ao seu filho pode ser mesclada de culpa sobre sua própria inadequação na alfabetização. Porém, é exatamente neste ponto que a parceria pode e deve ser construída. A partir do momento em que o contexto é compreendido, o apoio se fortalece.
Em um dos casos atendidos pela equipe do Hospital de Olhos foi possível visualizar como funciona essa parceria ideal. Estavam presentes a equipe escolar (representada pela professora e a supervisora), a família e a equipe do hospital. A escola juntamente à família se mostrou interessada em se inteirar da conduta a ser realizada com o aluno a partir do novo tratamento. Nós do hospital ficamos inteirados sobre o modo como a escola trabalha e o que pensam e, portanto, entendemos melhor o dia a dia escolar. Esta interação trouxe segurança à própria criança e à família, aumentando a confiança na relação. Todos foram beneficiados!
Quanto mais eficaz for a comunicação, melhor será a parceria e mais positivos e significativos serão os resultados na formação do sujeito. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. A participação dos pais na educação formal dos filhos deve ser constante e consciente. O modo como os professores percebem as limitações de seus alunos e o modo como alertam os pais sobre estas dificuldades faz toda a diferença na busca por ajuda. O apoio do profissional especializado contribui não só para a melhora pedagógica, emocional ou cognitiva, mas essencialmente na interface entre a escola e a família.
É muito importante que essas três instâncias se tornem parceiras diante da situação de dificuldade de aprendizagem da criança. Cada um deve sentir que tem algo a contribuir dentro de suas possibilidades para o melhor desenvolvimento das potencialidades e talentos da criança.
FONTE: www.dislexiadeleitura.com.br
TECNOLOGIA NO COTIDIANO DOS ALUNOS C/ DEFICIÊNCIAS
TECNOLOGIA JÁ FAZ PARTE DO COTIDIANO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS
Propor novas possibilidades para o processo de inclusão de pessoas portadoras de alguma deficiência é o principal objetivo do projeto “O computador no processo de inclusão”. Foi pensando numa maneira de lidar com as diferenças de maneira produtiva que a professora Giani Oliveira, da Escola Municipal Dr. Abdon Baptistas, em Joinville (SC), deu início a um processo que previa a adaptação das atividades propostas em sala de aula para alunos que utilizariam um computador pessoal no lugar de cadernos.
Como se trata de um processo de inclusão, a criança atendida por este trabalho sempre usará o computador em classe. Ainda que seu próximo professor não domine tal tecnologia ambos não encontrarão muitos problemas, já que o próprio aluno estará familiarizado com as ferramentas, sabendo dominá-las.
O início
No primeiro dia de aula deste ano, a mãe de um aluno procurou a professora Giani alegando que seu filho tinha uma síndrome denominada kippel-trenaunay-weber, e que não era possível prever como seria sua aprendizagem, segundo médicos.
O primeiro passo foi a identificação do problema: como propiciar a um aluno portador desta síndrome tão rara a participação em todas as atividades proposta em aula? A observação e análise do contexto escolar na busca de uma solução viável e eficaz levaram os educadores a concluir que a adoção de um computador pessoal em sala de aula permitiria a inclusão deste aluno portador de necessidades especiais.
"Todos têm o direito a aprender, e o computador pode e deve ser utilizado para esse fim", conta Giani.
Depois de concluir que essa seria a melhor solução, a dificuldade estava em conseguir o computador – já que os meios legais exigem muita burocracia. Mas graças a uma professora voluntária, a escola recebeu a doação do computador e o projeto foi colocado em prática.
Para desenvolver o projeto, Giani fez uso de todo o conhecimento adquirido no programa Aluno Monitor Microsoft. Para ela, o computador será utilizado pelo aluno durante toda a sua vida escolar e é imprescindível que ele domine a máquina. “Quando me deparei com o curso, compreendi o que o aluno precisa dominar. Até então eu passava noções básicas de Word, Paint e Excel. Depois do curso, passei a explicar o que é um computador, como funciona, detalhes sobre cada programa. Agora sei o que ele precisa para não ter problemas nesta sua jornadas escolar”, afirma a educadora.
Dificuldades
A maior dificuldade, no entanto, ainda estaria por vir: não é fácil romper com modelos tradicionais instituídos pela educação vigente. Quando Giani optou por colocar um computador em sala de aula, modificou toda a estrutura educacional já consolidada, modificando o formato dos trabalhos realizados com os alunos.
Além disso, os educadores não sabiam qual seria a reação dos 27 alunos da 1ª série do Ensino Fundamental. As crianças, com idade em torno de oito anos, não estavam acostumadas a lidar com um computador na sala de aula e os professores não podiam prever de que maneira lidariam com a inclusão desse método de aprendizagem aplicado a um único aluno.
Resultados
O computador fez toda a diferença no processo de aprendizagem do aluno com deficiência. Ele desenvolve suas competências porque utiliza a tecnologia – não como dependência, mas antes como meio que viabiliza a realização das atividades.
"A tecnologia faz parte do cotidiano de nossas crianças. Para eles que nasceram nesta sociedade tecnológica, o computador não possui segredos. Eles são ousados”. E completa: “Há momentos em que eu me pergunto se não estamos emburrecendo estes pequenos com a nossa escola arcaica. Todavia, atravessamos um momento histórico, onde muitos professores se sentem incomodados e lançam sementes que não se perderão pelo caminho".
Sem contar que houve a recuperação da auto-estima e os professores observaram que a inserção deste aluno no processo de aprendizagem se deu de maneira natural. Os colegas encaram como algo natural sem nem se dar conta de que faz parte de um processo de inclusão.
O Projeto “O computador no processo de inclusão” vai muito além da realização de atividades em sala de aula. Envolve convivência, paciência e dedicação dos educadores que acreditam na capacidade individual e única de cada aluno. Como os resultados foram positivos, a idéia é dar continuidade à inclusão e ampliar o processo para outras turmas.
Reportagem: Adriana de Souza e Fernanda Silva
Fonte: Microsoft Educação: Programas em Ação
Propor novas possibilidades para o processo de inclusão de pessoas portadoras de alguma deficiência é o principal objetivo do projeto “O computador no processo de inclusão”. Foi pensando numa maneira de lidar com as diferenças de maneira produtiva que a professora Giani Oliveira, da Escola Municipal Dr. Abdon Baptistas, em Joinville (SC), deu início a um processo que previa a adaptação das atividades propostas em sala de aula para alunos que utilizariam um computador pessoal no lugar de cadernos.
Como se trata de um processo de inclusão, a criança atendida por este trabalho sempre usará o computador em classe. Ainda que seu próximo professor não domine tal tecnologia ambos não encontrarão muitos problemas, já que o próprio aluno estará familiarizado com as ferramentas, sabendo dominá-las.
O início
No primeiro dia de aula deste ano, a mãe de um aluno procurou a professora Giani alegando que seu filho tinha uma síndrome denominada kippel-trenaunay-weber, e que não era possível prever como seria sua aprendizagem, segundo médicos.
O primeiro passo foi a identificação do problema: como propiciar a um aluno portador desta síndrome tão rara a participação em todas as atividades proposta em aula? A observação e análise do contexto escolar na busca de uma solução viável e eficaz levaram os educadores a concluir que a adoção de um computador pessoal em sala de aula permitiria a inclusão deste aluno portador de necessidades especiais.
"Todos têm o direito a aprender, e o computador pode e deve ser utilizado para esse fim", conta Giani.
Depois de concluir que essa seria a melhor solução, a dificuldade estava em conseguir o computador – já que os meios legais exigem muita burocracia. Mas graças a uma professora voluntária, a escola recebeu a doação do computador e o projeto foi colocado em prática.
Para desenvolver o projeto, Giani fez uso de todo o conhecimento adquirido no programa Aluno Monitor Microsoft. Para ela, o computador será utilizado pelo aluno durante toda a sua vida escolar e é imprescindível que ele domine a máquina. “Quando me deparei com o curso, compreendi o que o aluno precisa dominar. Até então eu passava noções básicas de Word, Paint e Excel. Depois do curso, passei a explicar o que é um computador, como funciona, detalhes sobre cada programa. Agora sei o que ele precisa para não ter problemas nesta sua jornadas escolar”, afirma a educadora.
Dificuldades
A maior dificuldade, no entanto, ainda estaria por vir: não é fácil romper com modelos tradicionais instituídos pela educação vigente. Quando Giani optou por colocar um computador em sala de aula, modificou toda a estrutura educacional já consolidada, modificando o formato dos trabalhos realizados com os alunos.
Além disso, os educadores não sabiam qual seria a reação dos 27 alunos da 1ª série do Ensino Fundamental. As crianças, com idade em torno de oito anos, não estavam acostumadas a lidar com um computador na sala de aula e os professores não podiam prever de que maneira lidariam com a inclusão desse método de aprendizagem aplicado a um único aluno.
Resultados
O computador fez toda a diferença no processo de aprendizagem do aluno com deficiência. Ele desenvolve suas competências porque utiliza a tecnologia – não como dependência, mas antes como meio que viabiliza a realização das atividades.
"A tecnologia faz parte do cotidiano de nossas crianças. Para eles que nasceram nesta sociedade tecnológica, o computador não possui segredos. Eles são ousados”. E completa: “Há momentos em que eu me pergunto se não estamos emburrecendo estes pequenos com a nossa escola arcaica. Todavia, atravessamos um momento histórico, onde muitos professores se sentem incomodados e lançam sementes que não se perderão pelo caminho".
Sem contar que houve a recuperação da auto-estima e os professores observaram que a inserção deste aluno no processo de aprendizagem se deu de maneira natural. Os colegas encaram como algo natural sem nem se dar conta de que faz parte de um processo de inclusão.
O Projeto “O computador no processo de inclusão” vai muito além da realização de atividades em sala de aula. Envolve convivência, paciência e dedicação dos educadores que acreditam na capacidade individual e única de cada aluno. Como os resultados foram positivos, a idéia é dar continuidade à inclusão e ampliar o processo para outras turmas.
Reportagem: Adriana de Souza e Fernanda Silva
Fonte: Microsoft Educação: Programas em Ação
A Utilização da Mímica como Recurso Psicopedagógico na DISLEXIA
A UTILIZAÇÃO DA MÍMICA COMO RECURSO PSICOPEDAGÓGICO NA DISLEXIA
Em nosso oficio de arte-educadores trabalhamos diariamente com o jogo dramático como mediador da criatividade do sujeito que se manifesta na resolução dos problemas propostos pela própria instrução do jogo. Em sala de aula geralmente os resultados dos jogos são transferidos para um molde estético que irá se caracterizar em cenas e em futuras mini peças ilustrativas, entretanto as possibilidades do uso do jogo dramático não findam por aí, muito pelo contrário. Se dermos um passo atrás perceberemos que o ato de selecionar os jogos compreende em si uma busca por um objetivo. Outro ponto a observar são os resultados, nada estéticos por enquanto, que emergem de simples instruções, mas que se intensificadas podem revelar universos que o aluno mascara no dia a dia.
IMITAÇÃO E ENTENDIMENTO DE VERDADE
Segundo Piaget (1962) a classificação dos jogos se dão em 1) Jogos Sensório-Motores 2) Jogos Simbólicos 3) Jogos de Regras. Respectivamente, os sensório-motores dizem respeito aos indivíduos de 0 a 2 anos, os simbólicos de 2 a 7 anos e os jogos de regras a partir dos 7. Nos concerne abordar os jogos simbólicos e os de regras nesta análise. Uma das formas do sujeito apreender o mundo que o cerca é a imitação, das pessoas, dos sons, das formas e mais adiante de suas semânticas; imitação por princípio é a base das artes representativas que se espelham na vida para ‘criar’ ou como diria Platão (1981) para ‘recriar’, posto que “o conhecimento na verdade é reconhecimento, é retorno, buscar e aprender não são outra coisa senão relembrar” portanto a oportunidade de imitar as formas da natureza sem pré-conceitos configura-se num retorno necessário às raízes, ao que é primitivo. Imitar é, num amplo sento, conhecer e aprender através das formas geradas pelo outro os movimentos e gestos significativos, como feições, palavras, sons, locomoções etc...
TEATRO E A GRANDEZA DE CADA UM
Sabemos que a linguagem gestual nasceu com o homem primitivo e renasce todos os dias como parte da necessidade do mesmo se expressar, comunicar e ajudar no desenvolvimento geral da comunidade. Os movimentos expressivos fazem parte das danças rituais e das cerimônias religiosas assim como das danças pagãs ao longo da história. Diziam os gregos que o povo freqüentava o teatro para se entusiasmar – do grego ‘en thous’ ou cheio de Deus – e para renovar o “mana” energia vital que habitava cada espectador. Não é à toa que a divindade grega do teatro seja Dionísio, o deus da felicidade, do vinho e do delírio. Sábios os gregos que nos deixaram o legado dos gestos e de sua amplitude semiótica.
O gesto aliado ao que se quer dizer é meio pelo qual se propaga a afetividade e em si abre canais de comunicação entre o ambiente e o sujeito que uma vez ‘entusiasmado’ torna-se mais receptivo às novas informações ou ao confrontamento de opiniões. Abaixo segue um trecho de um manifesto da performer Denise Stoklos sobre o teatro gestual: Conta a história que os gregos entendiam o teatro como um elemento curativo da alma, em doenças como a falta de compaixão que é tratável, mas provoca grandes dores e gera perversões, inclusive sociais. Conta a história que os médicos receitavam a ida ao teatro junto a poções. As poções só se processariam quimicamente no corpo quando no espírito se operasse também uma transformação. O teatro trazia à cena temas que moviam o espírito da humanidade. O público entrava em contato direto com o que era comum à natureza interior e investigava-se. Os espetáculos vivificavam, portanto, a grandeza de cada um.
Primamos nesta breve análise sobre a utilização da mímica como recurso psicopedagógico pela mesma acepção em que os gregos utilizavam o teatro como ‘homeopatia’ necessária. A mímica, é o teatro estilizado, sem falas, sem a necessidade de quem faz se expor através de suas palavras e assim ficar a reboque de críticas caindo no retrocesso do constrangimento e dos olhares baixos. A mímica, se bem direcionada é uma ferramenta que pode auxiliar do diagnóstico ao acompanhamento psicopedagógico como ação de interface entre o que é subjetivo e autônomo e o que é público e heterônomo.
MÍMICA E UTILIZAÇÃO DO GESTO
Uma vez desinibidos pelo ambiente de alegria e liberdade criado pelo instrutor, passávamos então para a ‘dança pessoal’ que na verdade era a mímica dinâmica, ou seja, deixar que os gestos produzam significado livremente a partir de estímulos musicais ou temáticos, ex: “Prisão. O que é estar preso para você? Vamos tentar esta improvisação?” ou ainda “Ouçam esta música, o bolero de Ravel, e se movimentem de acordo com ela.” Pode-se iniciar com os alunos de olhos fechados ou abertos dependendo da percepção do instrutor do grupo em questão, este procedimento é bem aceito pelas turmas de crianças e pré-adolescentes pela liberdade criativa de quem executa os movimentos, já em turmas de adolescentes a malícia é uma questão a ser considerada na instrução dos jogos e portanto os temas e músicas deverão, talvez, partir do universo do aluno, ex: “ao invés de Ravel, utilizaremos o rapper Eminem...”
Dessa forma fomos nos afastando dos jogos de imitação para aqueles em que o aluno podia ter autonomia sobre seus próprios movimentos, a imitação tal qual a concebemos nos mostra o que está acontecendo neste momento, não o que poderia acontecer, portanto se nos mantivermos apenas nos jogos de imitação o aluno cristalizará a realidade tendo uma falsa idéia de que está desenvolvendo seus potenciais. Como ação psicopedagógica no trabalho com dislexia, lateralidade ou coordenação motora simples, o instrutor poderá partir de objetos concretos para os ‘invisíveis’ da mímica. Apertar uma bola de borracha, jogando de uma mão para a outra, ou em duplas atirando bolas de meia em linhas retas para que o outro as pegue somente com uma das mãos; Pega vareta controlando as articulações e os músculos do braço e clavícula para que as varetas desnecessárias não se movam, todos estes trabalhos podem ser feitos com os objetos reais e repetidos em mímica para dar a dimensão da consciência corporal, não basta fazer é necessário saber o que se está executando e o caminho pelo qual se consegue executar determinada ação. Em mímica elementos naturais como pressão e peso são é deslocados para outras musculaturas que na vida real não utilizamos para realizar aquele movimento, pensando assim, no trabalho com e sem o objeto estamos desenvolvendo a consciência completa do sujeito, que podemos chamar de psicofísica.
Parafraseamos Piaget quando diz “O homem é sapiens, porque é loquens” em “O homem é sapiens, porque não só porque é loquens!” (MACEDO, 1994.).
BIBLIOGRAFIA
1 - FREIRE, Metal. Paixão de Aprender. Petrópolis, Rj: Vozes, 1992.
2 - MARCEAU, Marcel.. Disponível em Acessado em 25 de Outubro de 2004 às 2:30.
3 - MACEDO, Lino de. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
4 - PIAGET, Jean. The relation of affetivity to intelligence in the mental development of the child. In: Bulletin of the Menninger Clicnic – 1962, vol.26, no 3.
Em nosso oficio de arte-educadores trabalhamos diariamente com o jogo dramático como mediador da criatividade do sujeito que se manifesta na resolução dos problemas propostos pela própria instrução do jogo. Em sala de aula geralmente os resultados dos jogos são transferidos para um molde estético que irá se caracterizar em cenas e em futuras mini peças ilustrativas, entretanto as possibilidades do uso do jogo dramático não findam por aí, muito pelo contrário. Se dermos um passo atrás perceberemos que o ato de selecionar os jogos compreende em si uma busca por um objetivo. Outro ponto a observar são os resultados, nada estéticos por enquanto, que emergem de simples instruções, mas que se intensificadas podem revelar universos que o aluno mascara no dia a dia.
IMITAÇÃO E ENTENDIMENTO DE VERDADE
Segundo Piaget (1962) a classificação dos jogos se dão em 1) Jogos Sensório-Motores 2) Jogos Simbólicos 3) Jogos de Regras. Respectivamente, os sensório-motores dizem respeito aos indivíduos de 0 a 2 anos, os simbólicos de 2 a 7 anos e os jogos de regras a partir dos 7. Nos concerne abordar os jogos simbólicos e os de regras nesta análise. Uma das formas do sujeito apreender o mundo que o cerca é a imitação, das pessoas, dos sons, das formas e mais adiante de suas semânticas; imitação por princípio é a base das artes representativas que se espelham na vida para ‘criar’ ou como diria Platão (1981) para ‘recriar’, posto que “o conhecimento na verdade é reconhecimento, é retorno, buscar e aprender não são outra coisa senão relembrar” portanto a oportunidade de imitar as formas da natureza sem pré-conceitos configura-se num retorno necessário às raízes, ao que é primitivo. Imitar é, num amplo sento, conhecer e aprender através das formas geradas pelo outro os movimentos e gestos significativos, como feições, palavras, sons, locomoções etc...
TEATRO E A GRANDEZA DE CADA UM
Sabemos que a linguagem gestual nasceu com o homem primitivo e renasce todos os dias como parte da necessidade do mesmo se expressar, comunicar e ajudar no desenvolvimento geral da comunidade. Os movimentos expressivos fazem parte das danças rituais e das cerimônias religiosas assim como das danças pagãs ao longo da história. Diziam os gregos que o povo freqüentava o teatro para se entusiasmar – do grego ‘en thous’ ou cheio de Deus – e para renovar o “mana” energia vital que habitava cada espectador. Não é à toa que a divindade grega do teatro seja Dionísio, o deus da felicidade, do vinho e do delírio. Sábios os gregos que nos deixaram o legado dos gestos e de sua amplitude semiótica.
O gesto aliado ao que se quer dizer é meio pelo qual se propaga a afetividade e em si abre canais de comunicação entre o ambiente e o sujeito que uma vez ‘entusiasmado’ torna-se mais receptivo às novas informações ou ao confrontamento de opiniões. Abaixo segue um trecho de um manifesto da performer Denise Stoklos sobre o teatro gestual: Conta a história que os gregos entendiam o teatro como um elemento curativo da alma, em doenças como a falta de compaixão que é tratável, mas provoca grandes dores e gera perversões, inclusive sociais. Conta a história que os médicos receitavam a ida ao teatro junto a poções. As poções só se processariam quimicamente no corpo quando no espírito se operasse também uma transformação. O teatro trazia à cena temas que moviam o espírito da humanidade. O público entrava em contato direto com o que era comum à natureza interior e investigava-se. Os espetáculos vivificavam, portanto, a grandeza de cada um.
Primamos nesta breve análise sobre a utilização da mímica como recurso psicopedagógico pela mesma acepção em que os gregos utilizavam o teatro como ‘homeopatia’ necessária. A mímica, é o teatro estilizado, sem falas, sem a necessidade de quem faz se expor através de suas palavras e assim ficar a reboque de críticas caindo no retrocesso do constrangimento e dos olhares baixos. A mímica, se bem direcionada é uma ferramenta que pode auxiliar do diagnóstico ao acompanhamento psicopedagógico como ação de interface entre o que é subjetivo e autônomo e o que é público e heterônomo.
MÍMICA E UTILIZAÇÃO DO GESTO
Uma vez desinibidos pelo ambiente de alegria e liberdade criado pelo instrutor, passávamos então para a ‘dança pessoal’ que na verdade era a mímica dinâmica, ou seja, deixar que os gestos produzam significado livremente a partir de estímulos musicais ou temáticos, ex: “Prisão. O que é estar preso para você? Vamos tentar esta improvisação?” ou ainda “Ouçam esta música, o bolero de Ravel, e se movimentem de acordo com ela.” Pode-se iniciar com os alunos de olhos fechados ou abertos dependendo da percepção do instrutor do grupo em questão, este procedimento é bem aceito pelas turmas de crianças e pré-adolescentes pela liberdade criativa de quem executa os movimentos, já em turmas de adolescentes a malícia é uma questão a ser considerada na instrução dos jogos e portanto os temas e músicas deverão, talvez, partir do universo do aluno, ex: “ao invés de Ravel, utilizaremos o rapper Eminem...”
Dessa forma fomos nos afastando dos jogos de imitação para aqueles em que o aluno podia ter autonomia sobre seus próprios movimentos, a imitação tal qual a concebemos nos mostra o que está acontecendo neste momento, não o que poderia acontecer, portanto se nos mantivermos apenas nos jogos de imitação o aluno cristalizará a realidade tendo uma falsa idéia de que está desenvolvendo seus potenciais. Como ação psicopedagógica no trabalho com dislexia, lateralidade ou coordenação motora simples, o instrutor poderá partir de objetos concretos para os ‘invisíveis’ da mímica. Apertar uma bola de borracha, jogando de uma mão para a outra, ou em duplas atirando bolas de meia em linhas retas para que o outro as pegue somente com uma das mãos; Pega vareta controlando as articulações e os músculos do braço e clavícula para que as varetas desnecessárias não se movam, todos estes trabalhos podem ser feitos com os objetos reais e repetidos em mímica para dar a dimensão da consciência corporal, não basta fazer é necessário saber o que se está executando e o caminho pelo qual se consegue executar determinada ação. Em mímica elementos naturais como pressão e peso são é deslocados para outras musculaturas que na vida real não utilizamos para realizar aquele movimento, pensando assim, no trabalho com e sem o objeto estamos desenvolvendo a consciência completa do sujeito, que podemos chamar de psicofísica.
Parafraseamos Piaget quando diz “O homem é sapiens, porque é loquens” em “O homem é sapiens, porque não só porque é loquens!” (MACEDO, 1994.).
BIBLIOGRAFIA
1 - FREIRE, Metal. Paixão de Aprender. Petrópolis, Rj: Vozes, 1992.
2 - MARCEAU, Marcel.. Disponível em
3 - MACEDO, Lino de. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
4 - PIAGET, Jean. The relation of affetivity to intelligence in the mental development of the child. In: Bulletin of the Menninger Clicnic – 1962, vol.26, no 3.
domingo, 6 de junho de 2010
PASSO a PASSO da LINGUAGEM (na DISLEXIA,DISGRAFIA e DISORTOGRAFIA)
COMO ATUAR PASSO A PASSO NA PSICOPEDAGOGIA DA LINGUAGEM
(NA DISLEXIA, DISGRAFIA E DISORTOGRAFIA)
O 1º passo é o seguinte: compreensão dos principais conceitos das dificuldades de aprendizagem em lectoescrita em sala de aula. Para tanto, no segundo passo, reproduzirei alguns relatos para apreciação dos psicopedagogos que trabalham a intervenção clínica ou instituicional no seu campo de atuação profissional.
Uma primeira questão é a seguinte: sem conhecimento teórico sobre leitura, escrita e ortografia nenhum profissional de psicopedagogia pode atuar eficaz e eficientemente no campo das dificuldades de aprendizagem em leitura, escrita e ortografia.
Comecemos, então, por alguns termos fundamentais para atuação dos profissionais em psicopedagogia que lidam com dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem.
Um primeiro termo a considerar é queixa. O que é a queixa? No âmbito psicopedagógico, adotamos o termo queixa por entendermos que qualquer dificuldade de aprendizagem relatada pelo educando, em sala de aula ou no lar, é relevante para o atendimento educacional e a tomada de providências pedagógicas. relatado pelo paciente. A queixa discente é, pois, aquela que, na opinião do educando, é a mais importante de todo o seu relato pedagógico e que terminou por levá-lo ao baixo rendimento escolar.
A queixa se constitui um item em separado e importante da anamnese. No âmbito da psicopedagogia clínica, a anamnese refere-se ao histórico que vai desde os sintomas ou queixas iniciais do educando até o momento da observação psicopedagógica clínica, realizado com base nas lembranças do educando e nas avaliações de desempenho do aluno. Um outro termo relacionado com a anamnese é catamnese que indica o registro da evolução de um educando desde que observado e diagnosticado com dificuldade de aprendizagem após ter feito exames psicopedagógicos.
Compreendidos o conceito de queixa e o de anamnese, a noção de diagnóstico é imprescindível para o trabalho psicopedagógico, uma vez que os pais, em geral, têm grande expectativa com relação ao que o psicopedago irá dar de informação e orientação sobre sua intervenção clínica ou institucional. Assim, o termo é entendido aqui como a fase em que o educador ou gestor pedagógico, procura com a orientação psicopedagógica, a natureza e a causa da DA (Dificuldade de Aprendizagem). Em sala de aula, o educador pode proceder com um diagnóstico diferencial informal, onde descarta a possibilidade de distúrbios orgânicos que apresentem sintomatologia comum com a dificuldade apresentada pelo educando. A etimologia da palavra diagnóstico revela que a palavra diagnóstico vem do grego diagnóstikós e quer dizer 'capaz de distinguir, de discernir'.
Termos com dislexia, disgrafia e disortografia devem ser bem entendidos pelos psicopedagogos. No caso da dislexia, tanto pode ser compreendido a partir dos aportes teóricos da Medicina ou da Psicolingüística. A dislexia refere-se à perturbação na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais. Tem também a acepção de dificuldade para compreender a leitura, após lesão do sistema nervoso central, apresentada por pessoa que anteriormente sabia ler.
A disgrafia tem uma natureza ou etiologia mais patológica. Na Neurologia, termo refere-se à perturbação da escrita por distúrbios neurológicos.
A disortografia, no âmbito da psicolingüística, refere-se à dificuldade no aprendizado e domínio das regras ortográficas, associada à dislexia na ausência de qualquer deficiência intelectual. Sua etimologia: dis- + ortografia.
2º passo. Darei a seguir exemplos de casos de queixas de pais e educadores sobre educandos que apresentam dificuldades lectoescritoras (leitura, escrita, ortografia e cálculo).
No primeiro relato, a mãe diz que tem “uma filha de 8 anos que está na segunda série mas que até o momento não consegue ler. Ela só começou a falar, de uma forma que outras pessoas pudessem entender, depois dos 4 anos. Até o momento ela não consegue pronunciar o /r/ e tem dificuldades para pronunciar palavras com mais de três sílabas. Minha filha freqüenta a educação infantil desde os dois anos e meio, tem um irmão de 12 anos que não apresentou essas dificuldades, sempre teve acesso a um ambiente que privilegiou a leitura. Também desde os 3 anos ela tem atendimento fonoaudiológico e psicopedagógico. Não tem problemas auditivos, neurológicos ou visuais. Na escola que freqüente embora ela não tenha atingido os objetivos da primeira série, optou-se para que ela fosse para a segunda série porque se verificou que houve avanço no aprendizado dela e pela questão afetiva, o relacionamento com a turma.Num exame realizado por fonoaudiólogos, disseram que ela tinha problemas no processamento auditivo central. Estou muito angustiada o que me leva a buscar ajuda e escrever, e peço desculpas por estar ocupando seu tempo. Tenho um pouco de medo de rótulos, principalmente aqueles que estão na moda e atribuem toda dificuldade de aprendizagem ao fato da criança ser DDA, como estão sugerindo e empurrando Ritalina. Acredito que não seja dificuldade de aprendizagem, mas uma nova forma de aprender, mas eu, como mãe, não consigo enxergar como tímida e as escolas, pelo visto, também não”
Um segundo caso a mãe revela que sua filha é “ uma linda menina de 9 anos que tem dislexia, ela esta na segunda serie e apesar dos meus esforços, continua tendo dificuldade na leitura e escrita.Não temos recursos para levá-la a uma fonoaudióloga particular”
Um terceiro caso é uma senhora aos 40 anos que descobre, de forma tardia, sua síndrome disléxica. Assim se diz “tenho 40 anos sou estudante do 3º período de pedagogia e sempre tive muita dificuldade em cálculos. Somente nesse período da faculdade, na matéria Alfabetização e Letramento ouvi falar em dislexia e cheguei a conclusão agora que li seu artigo sobre a referida doença que tenho esse problema. Será que na minha idade ainda pode haver cura? Será que tenho condição de ser uma professora? Infelizmente não tive uma boa alfabetização. Fui alfabetizada na roça, vim para cidade cursei a segunda série antigo primário numa cidade do interior onde estudei até o segundo ano do Normal. Mudei para o Rio de Janeiro onde cursei o segundo grau por sistema de crédito um ano e meio para concluir o segundo grau, sempre com muita dificuldade depois de 10 anos voltei a estudar pedagogia o que sempre foi meu maior sonho, mais estou tendo muita dificuldade devido a esse problema.Gostaria muito de um auxilio”
Um quarto caso é o de um pai de 26 anos que descobre a dislexia do filho de sete anos. “Pelos sintomas descritos creio que eu possa ser disléxica e meu filho que tem 7anos, o mesmo não memoriza o alfabeto, faz troca de algumas silabas, peço que me responda o que posso fazer?”
Um quinto caso é bem interessante e é muito bem escrito pela mãe. “Tenho uma criança de 6 anos e 7 meses que recentemente me tem apresentado algumas alterações na escrita e na leitura.Note.se que ela está conosco desde Janeiro e nessa altura não apresentava estas dificuldades. É uma criança que chegou a nós com uma linguagem e vocabulário muito pobre, linguagem frequentemente à bebê...
Um sexto caso é relato por uma professora que seu aluno comete erros “do tipo professoura em vez de professora, boua em vez de boa.Como podemos classificar estes erros, aqui ocorre uma ditongação pela criança por qual motivo?”
Um sétimo caso é também relatado por uma professora diante de
(NA DISLEXIA, DISGRAFIA E DISORTOGRAFIA)
O 1º passo é o seguinte: compreensão dos principais conceitos das dificuldades de aprendizagem em lectoescrita em sala de aula. Para tanto, no segundo passo, reproduzirei alguns relatos para apreciação dos psicopedagogos que trabalham a intervenção clínica ou instituicional no seu campo de atuação profissional.
Uma primeira questão é a seguinte: sem conhecimento teórico sobre leitura, escrita e ortografia nenhum profissional de psicopedagogia pode atuar eficaz e eficientemente no campo das dificuldades de aprendizagem em leitura, escrita e ortografia.
Comecemos, então, por alguns termos fundamentais para atuação dos profissionais em psicopedagogia que lidam com dificuldades de aprendizagem relacionadas com a linguagem.
Um primeiro termo a considerar é queixa. O que é a queixa? No âmbito psicopedagógico, adotamos o termo queixa por entendermos que qualquer dificuldade de aprendizagem relatada pelo educando, em sala de aula ou no lar, é relevante para o atendimento educacional e a tomada de providências pedagógicas. relatado pelo paciente. A queixa discente é, pois, aquela que, na opinião do educando, é a mais importante de todo o seu relato pedagógico e que terminou por levá-lo ao baixo rendimento escolar.
A queixa se constitui um item em separado e importante da anamnese. No âmbito da psicopedagogia clínica, a anamnese refere-se ao histórico que vai desde os sintomas ou queixas iniciais do educando até o momento da observação psicopedagógica clínica, realizado com base nas lembranças do educando e nas avaliações de desempenho do aluno. Um outro termo relacionado com a anamnese é catamnese que indica o registro da evolução de um educando desde que observado e diagnosticado com dificuldade de aprendizagem após ter feito exames psicopedagógicos.
Compreendidos o conceito de queixa e o de anamnese, a noção de diagnóstico é imprescindível para o trabalho psicopedagógico, uma vez que os pais, em geral, têm grande expectativa com relação ao que o psicopedago irá dar de informação e orientação sobre sua intervenção clínica ou institucional. Assim, o termo é entendido aqui como a fase em que o educador ou gestor pedagógico, procura com a orientação psicopedagógica, a natureza e a causa da DA (Dificuldade de Aprendizagem). Em sala de aula, o educador pode proceder com um diagnóstico diferencial informal, onde descarta a possibilidade de distúrbios orgânicos que apresentem sintomatologia comum com a dificuldade apresentada pelo educando. A etimologia da palavra diagnóstico revela que a palavra diagnóstico vem do grego diagnóstikós e quer dizer 'capaz de distinguir, de discernir'.
Termos com dislexia, disgrafia e disortografia devem ser bem entendidos pelos psicopedagogos. No caso da dislexia, tanto pode ser compreendido a partir dos aportes teóricos da Medicina ou da Psicolingüística. A dislexia refere-se à perturbação na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais. Tem também a acepção de dificuldade para compreender a leitura, após lesão do sistema nervoso central, apresentada por pessoa que anteriormente sabia ler.
A disgrafia tem uma natureza ou etiologia mais patológica. Na Neurologia, termo refere-se à perturbação da escrita por distúrbios neurológicos.
A disortografia, no âmbito da psicolingüística, refere-se à dificuldade no aprendizado e domínio das regras ortográficas, associada à dislexia na ausência de qualquer deficiência intelectual. Sua etimologia: dis- + ortografia.
2º passo. Darei a seguir exemplos de casos de queixas de pais e educadores sobre educandos que apresentam dificuldades lectoescritoras (leitura, escrita, ortografia e cálculo).
No primeiro relato, a mãe diz que tem “uma filha de 8 anos que está na segunda série mas que até o momento não consegue ler. Ela só começou a falar, de uma forma que outras pessoas pudessem entender, depois dos 4 anos. Até o momento ela não consegue pronunciar o /r/ e tem dificuldades para pronunciar palavras com mais de três sílabas. Minha filha freqüenta a educação infantil desde os dois anos e meio, tem um irmão de 12 anos que não apresentou essas dificuldades, sempre teve acesso a um ambiente que privilegiou a leitura. Também desde os 3 anos ela tem atendimento fonoaudiológico e psicopedagógico. Não tem problemas auditivos, neurológicos ou visuais. Na escola que freqüente embora ela não tenha atingido os objetivos da primeira série, optou-se para que ela fosse para a segunda série porque se verificou que houve avanço no aprendizado dela e pela questão afetiva, o relacionamento com a turma.Num exame realizado por fonoaudiólogos, disseram que ela tinha problemas no processamento auditivo central. Estou muito angustiada o que me leva a buscar ajuda e escrever, e peço desculpas por estar ocupando seu tempo. Tenho um pouco de medo de rótulos, principalmente aqueles que estão na moda e atribuem toda dificuldade de aprendizagem ao fato da criança ser DDA, como estão sugerindo e empurrando Ritalina. Acredito que não seja dificuldade de aprendizagem, mas uma nova forma de aprender, mas eu, como mãe, não consigo enxergar como tímida e as escolas, pelo visto, também não”
Um segundo caso a mãe revela que sua filha é “ uma linda menina de 9 anos que tem dislexia, ela esta na segunda serie e apesar dos meus esforços, continua tendo dificuldade na leitura e escrita.Não temos recursos para levá-la a uma fonoaudióloga particular”
Um terceiro caso é uma senhora aos 40 anos que descobre, de forma tardia, sua síndrome disléxica. Assim se diz “tenho 40 anos sou estudante do 3º período de pedagogia e sempre tive muita dificuldade em cálculos. Somente nesse período da faculdade, na matéria Alfabetização e Letramento ouvi falar em dislexia e cheguei a conclusão agora que li seu artigo sobre a referida doença que tenho esse problema. Será que na minha idade ainda pode haver cura? Será que tenho condição de ser uma professora? Infelizmente não tive uma boa alfabetização. Fui alfabetizada na roça, vim para cidade cursei a segunda série antigo primário numa cidade do interior onde estudei até o segundo ano do Normal. Mudei para o Rio de Janeiro onde cursei o segundo grau por sistema de crédito um ano e meio para concluir o segundo grau, sempre com muita dificuldade depois de 10 anos voltei a estudar pedagogia o que sempre foi meu maior sonho, mais estou tendo muita dificuldade devido a esse problema.Gostaria muito de um auxilio”
Um quarto caso é o de um pai de 26 anos que descobre a dislexia do filho de sete anos. “Pelos sintomas descritos creio que eu possa ser disléxica e meu filho que tem 7anos, o mesmo não memoriza o alfabeto, faz troca de algumas silabas, peço que me responda o que posso fazer?”
Um quinto caso é bem interessante e é muito bem escrito pela mãe. “Tenho uma criança de 6 anos e 7 meses que recentemente me tem apresentado algumas alterações na escrita e na leitura.Note.se que ela está conosco desde Janeiro e nessa altura não apresentava estas dificuldades. É uma criança que chegou a nós com uma linguagem e vocabulário muito pobre, linguagem frequentemente à bebê...
Um sexto caso é relato por uma professora que seu aluno comete erros “do tipo professoura em vez de professora, boua em vez de boa.Como podemos classificar estes erros, aqui ocorre uma ditongação pela criança por qual motivo?”
Um sétimo caso é também relatado por uma professora diante de
RECURSO PSICOPEDAGÓGICO NA DISLEXIA
A UTILIZAÇÃO DA MÍMICA COMO RECURSO PSICOPEDAGÓGICO NA DISLEXIA
Em nosso oficio de arte-educadores trabalhamos diariamente com o jogo dramático como mediador da criatividade do sujeito que se manifesta na resolução dos problemas propostos pela própria instrução do jogo. Em sala de aula geralmente os resultados dos jogos são transferidos para um molde estético que irá se caracterizar em cenas e em futuras mini peças ilustrativas, entretanto as possibilidades do uso do jogo dramático não findam por aí, muito pelo contrário. Se dermos um passo atrás perceberemos que o ato de selecionar os jogos compreende em si uma busca por um objetivo. Outro ponto a observar são os resultados, nada estéticos por enquanto, que emergem de simples instruções, mas que se intensificadas podem revelar universos que o aluno mascara no dia a dia.
IMITAÇÃO E ENTENDIMENTO DE VERDADE
Segundo Piaget (1962) a classificação dos jogos se dão em 1) Jogos Sensório-Motores 2) Jogos Simbólicos 3) Jogos de Regras. Respectivamente, os sensório-motores dizem respeito aos indivíduos de 0 a 2 anos, os simbólicos de 2 a 7 anos e os jogos de regras a partir dos 7. Nos concerne abordar os jogos simbólicos e os de regras nesta análise. Uma das formas do sujeito apreender o mundo que o cerca é a imitação, das pessoas, dos sons, das formas e mais adiante de suas semânticas; imitação por princípio é a base das artes representativas que se espelham na vida para ‘criar’ ou como diria Platão (1981) para ‘recriar’, posto que “o conhecimento na verdade é reconhecimento, é retorno, buscar e aprender não são outra coisa senão relembrar” portanto a oportunidade de imitar as formas da natureza sem pré-conceitos configura-se num retorno necessário às raízes, ao que é primitivo. Imitar é, num amplo sento, conhecer e aprender através das formas geradas pelo outro os movimentos e gestos significativos, como feições, palavras, sons, locomoções etc...
TEATRO E A GRANDEZA DE CADA UM
Sabemos que a linguagem gestual nasceu com o homem primitivo e renasce todos os dias como parte da necessidade do mesmo se expressar, comunicar e ajudar no desenvolvimento geral da comunidade. Os movimentos expressivos fazem parte das danças rituais e das cerimônias religiosas assim como das danças pagãs ao longo da história. Diziam os gregos que o povo freqüentava o teatro para se entusiasmar – do grego ‘en thous’ ou cheio de Deus – e para renovar o “mana” energia vital que habitava cada espectador. Não é à toa que a divindade grega do teatro seja Dionísio, o deus da felicidade, do vinho e do delírio. Sábios os gregos que nos deixaram o legado dos gestos e de sua amplitude semiótica.
O gesto aliado ao que se quer dizer é meio pelo qual se propaga a afetividade e em si abre canais de comunicação entre o ambiente e o sujeito que uma vez ‘entusiasmado’ torna-se mais receptivo às novas informações ou ao confrontamento de opiniões. Abaixo segue um trecho de um manifesto da performer Denise Stoklos sobre o teatro gestual: Conta a história que os gregos entendiam o teatro como um elemento curativo da alma, em doenças como a falta de compaixão que é tratável, mas provoca grandes dores e gera perversões, inclusive sociais. Conta a história que os médicos receitavam a ida ao teatro junto a poções. As poções só se processariam quimicamente no corpo quando no espírito se operasse também uma transformação. O teatro trazia à cena temas que moviam o espírito da humanidade. O público entrava em contato direto com o que era comum à natureza interior e investigava-se. Os espetáculos vivificavam, portanto, a grandeza de cada um.
Primamos nesta breve análise sobre a utilização da mímica como recurso psicopedagógico pela mesma acepção em que os gregos utilizavam o teatro como ‘homeopatia’ necessária. A mímica, é o teatro estilizado, sem falas, sem a necessidade de quem faz se expor através de suas palavras e assim ficar a reboque de críticas caindo no retrocesso do constrangimento e dos olhares baixos. A mímica, se bem direcionada é uma ferramenta que pode auxiliar do diagnóstico ao acompanhamento psicopedagógico como ação de interface entre o que é subjetivo e autônomo e o que é público e heterônomo.
MÍMICA E UTILIZAÇÃO DO GESTO
Uma vez desinibidos pelo ambiente de alegria e liberdade criado pelo instrutor, passávamos então para a ‘dança pessoal’ que na verdade era a mímica dinâmica, ou seja, deixar que os gestos produzam significado livremente a partir de estímulos musicais ou temáticos, ex: “Prisão. O que é estar preso para você? Vamos tentar esta improvisação?” ou ainda “Ouçam esta música, o bolero de Ravel, e se movimentem de acordo com ela.” Pode-se iniciar com os alunos de olhos fechados ou abertos dependendo da percepção do instrutor do grupo em questão, este procedimento é bem aceito pelas turmas de crianças e pré-adolescentes pela liberdade criativa de quem executa os movimentos, já em turmas de adolescentes a malícia é uma questão a ser considerada na instrução dos jogos e portanto os temas e músicas deverão, talvez, partir do universo do aluno, ex: “ao invés de Ravel, utilizaremos o rapper Eminem...”
Dessa forma fomos nos afastando dos jogos de imitação para aqueles em que o aluno podia ter autonomia sobre seus próprios movimentos, a imitação tal qual a concebemos nos mostra o que está acontecendo neste momento, não o que poderia acontecer, portanto se nos mantivermos apenas nos jogos de imitação o aluno cristalizará a realidade tendo uma falsa idéia de que está desenvolvendo seus potenciais. Como ação psicopedagógica no trabalho com dislexia, lateralidade ou coordenação motora simples, o instrutor poderá partir de objetos concretos para os ‘invisíveis’ da mímica. Apertar uma bola de borracha, jogando de uma mão para a outra, ou em duplas atirando bolas de meia em linhas retas para que o outro as pegue somente com uma das mãos; Pega vareta controlando as articulações e os músculos do braço e clavícula para que as varetas desnecessárias não se movam, todos estes trabalhos podem ser feitos com os objetos reais e repetidos em mímica para dar a dimensão da consciência corporal, não basta fazer é necessário saber o que se está executando e o caminho pelo qual se consegue executar determinada ação. Em mímica elementos naturais como pressão e peso são é deslocados para outras musculaturas que na vida real não utilizamos para realizar aquele movimento, pensando assim, no trabalho com e sem o objeto estamos desenvolvendo a consciência completa do sujeito, que podemos chamar de psicofísica.
Parafraseamos Piaget quando diz “O homem é sapiens, porque é loquens” em “O homem é sapiens, porque não só porque é loquens!” (MACEDO, 1994.).
BIBLIOGRAFIA
1 - FREIRE, Metal. Paixão de Aprender. Petrópolis, Rj: Vozes, 1992.
2 - MARCEAU, Marcel.. Disponível em Acessado em 25 de Outubro de 2004 às 2:30.
3 - MACEDO, Lino de. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
Em nosso oficio de arte-educadores trabalhamos diariamente com o jogo dramático como mediador da criatividade do sujeito que se manifesta na resolução dos problemas propostos pela própria instrução do jogo. Em sala de aula geralmente os resultados dos jogos são transferidos para um molde estético que irá se caracterizar em cenas e em futuras mini peças ilustrativas, entretanto as possibilidades do uso do jogo dramático não findam por aí, muito pelo contrário. Se dermos um passo atrás perceberemos que o ato de selecionar os jogos compreende em si uma busca por um objetivo. Outro ponto a observar são os resultados, nada estéticos por enquanto, que emergem de simples instruções, mas que se intensificadas podem revelar universos que o aluno mascara no dia a dia.
IMITAÇÃO E ENTENDIMENTO DE VERDADE
Segundo Piaget (1962) a classificação dos jogos se dão em 1) Jogos Sensório-Motores 2) Jogos Simbólicos 3) Jogos de Regras. Respectivamente, os sensório-motores dizem respeito aos indivíduos de 0 a 2 anos, os simbólicos de 2 a 7 anos e os jogos de regras a partir dos 7. Nos concerne abordar os jogos simbólicos e os de regras nesta análise. Uma das formas do sujeito apreender o mundo que o cerca é a imitação, das pessoas, dos sons, das formas e mais adiante de suas semânticas; imitação por princípio é a base das artes representativas que se espelham na vida para ‘criar’ ou como diria Platão (1981) para ‘recriar’, posto que “o conhecimento na verdade é reconhecimento, é retorno, buscar e aprender não são outra coisa senão relembrar” portanto a oportunidade de imitar as formas da natureza sem pré-conceitos configura-se num retorno necessário às raízes, ao que é primitivo. Imitar é, num amplo sento, conhecer e aprender através das formas geradas pelo outro os movimentos e gestos significativos, como feições, palavras, sons, locomoções etc...
TEATRO E A GRANDEZA DE CADA UM
Sabemos que a linguagem gestual nasceu com o homem primitivo e renasce todos os dias como parte da necessidade do mesmo se expressar, comunicar e ajudar no desenvolvimento geral da comunidade. Os movimentos expressivos fazem parte das danças rituais e das cerimônias religiosas assim como das danças pagãs ao longo da história. Diziam os gregos que o povo freqüentava o teatro para se entusiasmar – do grego ‘en thous’ ou cheio de Deus – e para renovar o “mana” energia vital que habitava cada espectador. Não é à toa que a divindade grega do teatro seja Dionísio, o deus da felicidade, do vinho e do delírio. Sábios os gregos que nos deixaram o legado dos gestos e de sua amplitude semiótica.
O gesto aliado ao que se quer dizer é meio pelo qual se propaga a afetividade e em si abre canais de comunicação entre o ambiente e o sujeito que uma vez ‘entusiasmado’ torna-se mais receptivo às novas informações ou ao confrontamento de opiniões. Abaixo segue um trecho de um manifesto da performer Denise Stoklos sobre o teatro gestual: Conta a história que os gregos entendiam o teatro como um elemento curativo da alma, em doenças como a falta de compaixão que é tratável, mas provoca grandes dores e gera perversões, inclusive sociais. Conta a história que os médicos receitavam a ida ao teatro junto a poções. As poções só se processariam quimicamente no corpo quando no espírito se operasse também uma transformação. O teatro trazia à cena temas que moviam o espírito da humanidade. O público entrava em contato direto com o que era comum à natureza interior e investigava-se. Os espetáculos vivificavam, portanto, a grandeza de cada um.
Primamos nesta breve análise sobre a utilização da mímica como recurso psicopedagógico pela mesma acepção em que os gregos utilizavam o teatro como ‘homeopatia’ necessária. A mímica, é o teatro estilizado, sem falas, sem a necessidade de quem faz se expor através de suas palavras e assim ficar a reboque de críticas caindo no retrocesso do constrangimento e dos olhares baixos. A mímica, se bem direcionada é uma ferramenta que pode auxiliar do diagnóstico ao acompanhamento psicopedagógico como ação de interface entre o que é subjetivo e autônomo e o que é público e heterônomo.
MÍMICA E UTILIZAÇÃO DO GESTO
Uma vez desinibidos pelo ambiente de alegria e liberdade criado pelo instrutor, passávamos então para a ‘dança pessoal’ que na verdade era a mímica dinâmica, ou seja, deixar que os gestos produzam significado livremente a partir de estímulos musicais ou temáticos, ex: “Prisão. O que é estar preso para você? Vamos tentar esta improvisação?” ou ainda “Ouçam esta música, o bolero de Ravel, e se movimentem de acordo com ela.” Pode-se iniciar com os alunos de olhos fechados ou abertos dependendo da percepção do instrutor do grupo em questão, este procedimento é bem aceito pelas turmas de crianças e pré-adolescentes pela liberdade criativa de quem executa os movimentos, já em turmas de adolescentes a malícia é uma questão a ser considerada na instrução dos jogos e portanto os temas e músicas deverão, talvez, partir do universo do aluno, ex: “ao invés de Ravel, utilizaremos o rapper Eminem...”
Dessa forma fomos nos afastando dos jogos de imitação para aqueles em que o aluno podia ter autonomia sobre seus próprios movimentos, a imitação tal qual a concebemos nos mostra o que está acontecendo neste momento, não o que poderia acontecer, portanto se nos mantivermos apenas nos jogos de imitação o aluno cristalizará a realidade tendo uma falsa idéia de que está desenvolvendo seus potenciais. Como ação psicopedagógica no trabalho com dislexia, lateralidade ou coordenação motora simples, o instrutor poderá partir de objetos concretos para os ‘invisíveis’ da mímica. Apertar uma bola de borracha, jogando de uma mão para a outra, ou em duplas atirando bolas de meia em linhas retas para que o outro as pegue somente com uma das mãos; Pega vareta controlando as articulações e os músculos do braço e clavícula para que as varetas desnecessárias não se movam, todos estes trabalhos podem ser feitos com os objetos reais e repetidos em mímica para dar a dimensão da consciência corporal, não basta fazer é necessário saber o que se está executando e o caminho pelo qual se consegue executar determinada ação. Em mímica elementos naturais como pressão e peso são é deslocados para outras musculaturas que na vida real não utilizamos para realizar aquele movimento, pensando assim, no trabalho com e sem o objeto estamos desenvolvendo a consciência completa do sujeito, que podemos chamar de psicofísica.
Parafraseamos Piaget quando diz “O homem é sapiens, porque é loquens” em “O homem é sapiens, porque não só porque é loquens!” (MACEDO, 1994.).
BIBLIOGRAFIA
1 - FREIRE, Metal. Paixão de Aprender. Petrópolis, Rj: Vozes, 1992.
2 - MARCEAU, Marcel.. Disponível em
3 - MACEDO, Lino de. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.
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