As principais dificuldades apresentadas apresentadas pela criança disléxica,de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD),são :
.Demora a aprender a falar,a fazer laço nos sapatos,a reconhecer as horas,a pegar e chutar bola,a pular corda.
.Tem dificuldade para:
- escrever números e letras corrretamente;
- ordenar as letras do alfabeto,meses do ano e sílabas de palavras compridas;
- distinguir esquerda e direita.
. Necessita usar blocos,dedos ou anotações para dazer cálculos.
.Apresenta dificuldade incomum para lembrar a tabuada.
. Sua compreensão da leitura é mais lenta do que o esperado para a idade.
. O tempo que leva para fazer as quatro operações aritméticas parece ser mais lento do que se espera para sua idade.
. Demonstra insegurança e baixa apreciação sobre si mesmo.
. Confunde-se às vezes com instruções,números de telefones,lugares,horários e datas.
.Atrapalha-se ao pronunciar palavras longas.
. Tem dificuldade em planejar e fazer redações.
O esforço de lutar contra as dificuldades,a censura e a decepção às vezes leva a criança disléxica a manifestar sintomas como dores abdominais,de cabeça ou transtornos de comportamento.
Em geral,ela é considerada relapsa,desatenta,preguiçosa,sem vontade de aprender,o que cria uma situação emocional que tende a se agravar,especialmente em função da injustiça que possa vir a sofrer.
Muitos conflitos e frustrações acompanham o disléxico e sua família,pois,sendo ele normal intelectualmente,as expectativas da família são sempre muito altas.
Reprovações e abandono escolar são ocorrências comuns na vida escolar do disléxico.Existem também consequências mais profundas,no nível emocional,como diminuição do autoconceito,reações rebeldes e delinquênciais,ou de natureza depresssiva.
A motivação é muito importante para a criança disléxica,pois,ao se sentir limitada,inferiorizada,ela pode se revoltar e assumir uma atitude de negativismo.Por outro lado, quando se vê compreendida e amparada,ganha segurança e vontade de colaborar.
Os disléxicos precisam de tratamento especializado tanto quanto outros deficientes na área de linguagem,mas precisam,e muito,do auxílio do professor.
O professor que deseja ajudar seus alunos,solucionando ou minimizando os problemas de linguagem,sabe que é necessário encaminhá-los para tratamento e colaborar nesse tratamento.Mas ele sabe também que o atendimento gratuito é sujeito a grande espera e que o nível econômico da maioria dos escolares não permite tratamento particular.Reconhece então que só através de um trabalho paciente e constante poderá prestar à criança a ajuda que ela tanto necessita.
domingo, 29 de junho de 2008
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