domingo, 29 de abril de 2012

Conceitos e Definições de DISLEXIA

Conceitos e Definições de Dislexia A palavra "dislexia", em sua etirnologia, é constituída pelos radicais "dis" e "lexia". No grego, dys significa dificuldade; e lexis significa palavra. Desde 1896 este distúrbio tem recebido diversas denominações: "alexia", "afasia", "agnosia", "apraxia", "analfabetismo", "bloqueio secundário da aprendizagem, especificamente relativo à leitura", "cegueira verbal congênita", "distexia congênita", "strephosymbolia (símbolos invertidos)", "alexia do desenvolvimento", "dislexia constitucional", "parte do contínuo das perturbações de linguagem, caracterizada por um déficit no processamento verbal dos sons" etc. Nos anos 60, sob a influência das correntes psicodinâmicas, foram minimizados os aspectos biológicos da dislexia, atribuindo as dificuldades leitoras a problemas emocionais, afetivos e "imaturidade". Em 1964, a dislexia foi definida por Ombredanne como uma dificuldade de integrar os elementos simbólicos construtivos de uma palavra ou frase. Em 1968, a Federação Mundial de Neurologia, utilizou pela primeira vez o termo "Dislexia do Desenvolvimento" definindo-a como: "um transtorno que se manifesta por dificuldades na aprendizagem da leitura, apesar das crianças serem ensinadas com métodos de ensino convencionais, ter inteligência normal e oportunidades socioculturais adequadas". Em 1969, Pialloux, Valvat, Freisse e Legent a definiram como uma dificuldade de aprendizagem da leitura em crianças que não apresentam enfermidade sensorial ou motriz aparente e em que o nível intelectual não está comprometido e, faz referência à Launay, que a considera uma assimbolia e, Borel-Maisony que a define como uma dificuldade específica para identificar, compreender e reproduzir os símbolos escritos. No Brasil, a conceituação mais aceita é a de Novaes (1975) em que o termo aplica-se, em geral, às dificuldades da aprendizagem da leitura relacionadas à identificação, compreensão e interpretação dos símbolos gráficos da leitura. Em 1979, Baroja definiu a dislexia como uma dificuldade para distinguir ou memorizar letras ou grupos de letras, falta de ordem ou ritmo na sua colocação, má estruturação de frases e outros, tanto na leitura quanto na escrita. Para Condemarin e Blomquist (1989), o termo dislexia é aplicável a uma situação na qual a criança é incapaz de ler com a mesma facilidade com a qual lêem seus iguais, apesar de possuir uma inteligência normal, saúde e órgãos sensoriais intactos, liberdade emocional, motivação e incentivos normais, bem como instrução adequada. Em 2002, a Associação Internacional de Dislexia adaptou a seguinte definição: "Dislexia é uma incapacidade específica de aprendizagem, de origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam de um déficit fonológico, inesperado, em relação às outras capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais". Esta definição de dislexia é a atualmente aceita pela grande maioria da comunidade científica.

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