domingo, 23 de maio de 2010

DISLEXIA:COMO TRABALHAR COM ELA ?

DISLEXIA: COMO TRABALHAR COM ELA?
MAIS CONTEÚDO E MENOS PRECONCEITO
Autor: Dr Jaime Zorzi
Doutor em Educação e especialista em linguagem, o fonoaudiólogo Jaime Zorzi calcula que entre 3,5% e 4% da população brasileira alfabetizada tenha problemas com a leitura e a escrita. Diretor do Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica e Audiologia Clínica (Cefac), onde também ministra aulas de pós-graduação em saúde e educação, ele explica que a dislexia é um distúrbio específico de leitura e, antes de entrar na sala de aula, o professor deve deixar de lado todos os seus preconceitos ou desistir de lecionar.
“Alguns profissionais chegam a mim perguntando qual o diagnóstico de determinadas crianças com dificuldades de aprendizagem. Eu digo que é distúrbio específico de leitura. Muitos, sem informação, chegam a dar graças a Deus por não ser dislexia. Mas mal sabem que essa é a definição da doença”, diz.
Zorzi lembra que a grande maioria não sabe que um disléxico pode aprender muito, mas só se for bem ensinado. “Quando se depara com um aluno que tem esse tipo de problema, o educador deve saber que terá um desafio pela frente. Também não pode deixar de incentivar o estudante, que muitas vezes se sente desmotivado, por ter um grau de aprendizado mais lento, não inferior”, pontua.
Para ele que já viajou por todo o Brasil e América Latina abordando o tema, é necessário incrementar a autoestima, trabalhar os pontos fracos e valorizar, especialmente, os pontos fortes que o estudante tem. “É preciso estabelecer condições favoráveis ao aprendizado, diariamente. Isso significa desenvolver novas metodologias, conhecer a competência de cada um e facilitar a vida das crianças que sofrem de algum distúrbio”, observa.
O especialista aconselha os professores, como primeira medida, a confiar na capacidade de aprendizado do aluno. Em segundo lugar, ele deve compreender o problema, para propor soluções. “Quem não tem essa postura, precisa antes avaliar sua competência para ensinar”, critica.
Ele analisa que, atualmente, trabalha-se muito com métodos que não avaliam a habilidade das crianças. Considera que todo processo que não observa o sistema alfabético de letras e sons está fadado ao erro. “É imprescindível trabalhar com as abordagens fônicas, ou seja, pensar por sons. O professor deve prestigiar a habilidade de perceber os diferentes e os semelhantes sons, como a palavra é montada. Quando a criança for escrever, ela deve pensar a palavra, seus fonemas, sua composição. Isso faz falta. Se não é desenvolvido, a criança pode travar e comprometer todo o aprendizado”, esclarece.
Zorzi explica que a dislexia é identificada durante o processo de alfabetização, ou seja, é geralmente percebida pelos educadores. Portanto, conclui, é ele quem deve avaliar as condições que a criança tem de responder ao seu programa de ensino. “Tem crianças que acompanham, outras não. O professor deve ser mais flexível. Observar suas atividades em sala de aula e modificar o programa quando necessário. Rapidez não é sinônimo de qualidade. Deve haver tempo hábil para trabalhar as matérias. Os prejudicados no processo onde o professor é irredutível e não sai do programa de ensino, são todos os alunos, não apenas os que têm algum distúrbio. O rendimento escolar cai”, lamenta.

Fonte: www.portaldoprofessor.mec.gov.br

Um comentário:

PSICOPEDAGOGIA disse...

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