QUADRO disponibilizado sobre os aspectos básicos da avaliação comentando cada item lá disposto.
ANTECEDENTES FAMILIARES É necessário conhecer o desenrolar da história familiar, suas limitações e dificuldades. Embora a família esteja, fisicamente, fora do espaço educacional escolar, seria incompleta qualquer avaliação para identificar necessidades educacionais especiais, que não a valorizasse como âmbito de análises. Assim é, particularmente porque, a vida familiar representa um significativo cenário para o desenvolvimento afetivo-emocional e social de qualquer pessoa.
Q. I As informações obtidas têm servido para aumentar os preconceitos e reforçar a falsa idéia que um quociente intelectual – QI, e/ou Idade Mental – IM – baixos, por exemplos, são determinantes de aprendizagens igualmente baixas ou qualitativamente pobres. QI – Avaliação psicométrica, isto é, aquela que apresenta seu resultado sob forma de “medida”.
ANTECEDENTES MÉDICOS Pouco têm servido para orientar o trabalho pedagógico a ser desenvolvido pelos professores, pois os laudos funcionam como “etiquetas” que rotulam, discriminam e segregam.
CONHECIMENTOS E HABILIDADES ADQUIRIDOS Os conhecimentos e habilidades adquiridos são de grande importância para que haja a realização de uma efetiva aprendizagem. As habilidades cognitivas se revestem de particular importância porque estão sempre presentes em quaisquer das atividades que os alunos desenvolvem na escola.
ANOTAÇÕES DO PROFESSOR ANTERIOR Identifica as necessidades dos alunos a partir do seu conhecimento, fornecendo os aspectos e as estratégias realizadas de acordo com as características, habilidades e dificuldades, como resultado de diferentes observações e perspectivas.
COMENTÁRIOS DOS PRÓPRIOS ALUNOS Recolher informações sobre as condições físico-ambientais em que estuda melhor, os tipos de agrupamento nos quais se desenvolve melhor, as áreas de conhecimento de seu maior interesse, o nível de sua atenção, as estratégias que emprega para a resolução de tarefas.
REGISTROS / RELATÓRIOS DA ESCOLA Reconhecer a complexidade da vida da classe. Prestar atenção aos resultados desejados e não desejados ou imprevistos. Proporcionar oportunidades para refletir sobre o desenvolvimento dos processos de aprendizagem. Respeitar a visão de todos os participantes.
EXEMPLOS DE TRABALHOS - Utilizar estratégias metodológicas diversificadas, com base em alguns princípios pedagógicos essenciais, que permitam ajustar a ajuda pedagógica às diferentes necessidades, aos estilos de aprendizagem e aos processos de construção de cada aluno.- Utilizar estratégias de aprendizagem cooperativa que têm efeitos positivos no rendimento escolar.- Oferecer experiências e atividades diversificadas que permitam trabalhar determinados conteúdos.- Propor várias atividades para trabalhar um mesmo conteúdo; apresentar uma mesma atividade para trabalhar conteúdos com diferentes graus de dificuldade; utilizar metodologias que incluam atividades de tipo diverso, como, por exemplo, o trabalho por meio de projetos, de oficinas, etc.- As produções dos alunos é um meio extremamente útil para que os docentes possam ajustar a ajuda pedagógica ao processo de construção de cada um.
RESULTADOS DE TESTE DE LEITURA Ao se aplicar um teste de leitura de palavras soltas, deve-se considerar as seguintes questões:Como a criança aborda a tarefa de leitura de palavras soltas?As palavras são lidas com facilidade e com relativa rapidez, ou cada palavra é identificada lentamente e com dificuldade? A resposta a esta pergunta vai indicar se o sistema de reconhecimento da palavra está funcionando adequadamente ou se o leitor está tendo dificuldades excessivas para identificar as palavras fora do contexto. A habilidade de abordagem da palavra também deve ser considerada. Por exemplo, como o leitor tenta identificar palavras não-familiares? Há algumas tentativas observáveis para emitir palavras não-familiares? Em caso afirmativo, a criança em geral é bem sucedida? Se o leitor em geral não é bem-sucedido, em que estágio do processo a criança está tendo dificuldade?
OBSERVAÇÕES EM SALA DE AULA No âmbito da sala de aula, devemos observar o nível de adequação dos programas às características dos alunos, assim como os aspectos interativos em relação a cada um. A avaliação deverá se centrar nas finalidades educativas que são propostas no programa curricular e em seu desenvolvimento na prática.
domingo, 29 de março de 2009
Dicas do Cotidiano / DISLEXIa
PRINCIPAIS DICAS PARA O COTIDIANO NO ENSINO DE DISLEXIA
• Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas, disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico deveria contribuir seria para (aumentar) a sua discriminação.
• Use Iinguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos disléxicos têm dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada, metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções.
• Fale olhando diretamente para ele. Isso ajuda, e muito. Enriquece e favorece a comunicação.
• Traga-o para perto da lousa e da mesa do professor. Tê-lo próximo à lousa ou à mesa de trabalho do professor, pode favorecer o diálogo, facilitar o acompanhamento, facultar a orientação, criar e fortalecer novos vínculos...
• Verifique sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição. Ele tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula? Ele consegue entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado? Ele está acompanhando o raciocínio, a explicação, o fato? Repita sempre que preciso e apresente outros exemplos, se for necessário.
• Certifique-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário etc. Não economize tempo para constatar se ficou realmente claro para o aluno o que se espera dele.
• Observe discretamente se ele fez as anotações da lousa e de maneira correta antes de apagá-la. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas.
• Observe se ele está se integrando com os colegas. Geralmente, o disléxico angaria simpatias entre os companheiros. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece no relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo, etc.) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Com a devida distância, discreta e respeitosamente, deve contribuir para a inserção do disléxico no grupo-classe.
• Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico tem sempre uma história de frustrações, sofrimentos, humilhações e sentimentos de menos valia para a qual a escola deu significativa contribuição. Cabe, portanto, a essa mesma escola, ajudá-lo a resgatar sua dignidade, a fortalecer seu ego, a (re) construir sua auto-estima.
• Sugira-lhe "dicas", "atalhos", "jeitos de fazer", "associações"... Que o ajudem a lembrar-se de, a executar atividades ou a resolver problemas.
• Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.
• Atenção: em geral, o disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o todo. Abordagens e métodos globais e dedutivos são-lhe de difícil compreensão. Apresente-lhe o conhecimento em partes, de maneira indutiva.
• Permita, sugira e estimule o usa de gravador, tabuada, máquina de calcular, recursos da informática ...
• Permita, sugira e estimule o uso de outras linguagens.
Faz-se importante que as dicas relatadas abaixo, referentes à forma de avaliação do aluno Disléxico também sejam seguidas.
PRINCIPAIS DICAS PARA A AVALIAÇÃO NO ENSINO DE DISLEXIA
• Avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas a tais alunos;
• Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova (preferencialmente "Arial 11" ou Times New Roman 12), evitando-se misturas de fontes e de tamanhos, sobretudo as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas;
• Dê preferência a avaliações orais, através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s) assunto(s) em questão;
• Não indique livros para leituras paralelas. Quando necessário, proponha outras experiências que possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de teatro; visitar um museu, um laboratório, uma instituição, empresa, etc. recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de informática;
• Ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que possam confundir o leitor;
• Ao empregar questões com respostas "falso-verdadeiras":
- Construa um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a metade, tornando-as falsas;
- Evite o uso da negativa e também de expressões absolutas;
- Construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma extensão;
- Inclua somente uma idéia em cada afirmações;
• Ao empregar questões de associações:
- Trate de um só assunto em cada questão;
- Redija cuidadosamente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos;
• Ao empregar questões de lacuna:
- Use somente um claro, no máximo dois, em cada sentença;
- Faça com que a lacuna corresponda a palavra ou expressão significativas, que envolvam conceitos e conhecimentos básicos e essenciais – também chamados de "ferramentas", e não a detalhes secundários;
- Conserve a terminologia presente no livro adotado ou no registro feito em aula.
O disléxico tem dificuldade para entender o que lê; para decodificar o texto; para interpretar a mensagem; tende a ler e a interpretar o que ouve de maneira literal. Assim sendo:
· Utilize linguagem clara, objetiva, com termos conhecidos;
· Elabore enunciado com textos curtos, com linguagem objetiva, direta, com palavras precisas e inequívocas (sem 'duplo' sentido);
· Procure deixar as questões ou alternativas com a mesma extensão;
· Evite formular questões que possuem negativas;
· Trate de um só assunto em cada questão;
· Se for indispensável a utilização de um determinado texto, subdivida o original em partes (não mais do que cinco ou seis linhas cada uma);
· Divida um "grande" texto, do qual decorre uma "grande" questão, em "pequenos" textos acompanhados de suas respectivas questões;
· Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e assemelhados, que possam fazer referência aos conceitos trabalhados;
· Não utilize textos científicos ou literários (prefira os poéticos), que sejam densos, carregados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos com múltiplas conotações... Para que o aluno os interprete exclusivamente a partir da leitura. Nesses casos, recorra a oralidade;
· Evite estímulos visuais 'estranhos' ao tema em questão;
· Em utilizando figuras, fotos, ícones ou imagens, cuidar para que haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem;
· Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos entenderam o que foi perguntado, se compreenderam e se esperam que seja feito (o que? Como?);
· Destaque claramente o texto de sua(s) respectiva(s) questão (ões).
O disléxico tem dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço visual.
Assim sendo:
• Observe as direções da escrita (da esquerda para a direita e de cima para baixo) em todo a corpo da avaliação.
O disléxico tem dificuldade com a memória visual e/ou auditiva (o que lhe dificulta ou lhe impede de automatizar a leitura e a escrita). Assim sendo:
Repita o enunciado na(s) página(s) seguinte(s), sempre que se fizer necessário;
• Não elabore avaliações que privilegiem a memorização de nomes, datas, fórmulas, regras gramaticais, espécies, definições, etc. Quando tais informações forem importantes, forneça-as ao aluno (verbalmente ou por escrito) para que ele possa servir-se delas e empregá-las no seu raciocínio ou na resolução do problema;
• Privilegie a avaliação de conceitos e de habilidades e não de definições;
• Permita-lhe que utilize a tabuada, calculadora, gravador, anotações, dicionários e outros registros durante as avaliações;
• Instruções curtas e simples (e uma de cada vez) evitam confusões;
• Elabore questões em que o aluno possa demonstrar o que aprendeu completando, destacando, identificando, relacionando ou reconhecendo informações ali contidas.
O aluno disléxico ou com outras dificuldades de aprendizagem tende a ser lento (ou muito lento). Assim sendo:
• Dê-lhe mais tempo para realizar a prova;
• Possibilite-lhe fazer a prova num outro ambiente da escola (sala de orientação, biblioteca, sala de grupo);
• Elabore mais avaliações e com menos conteúdo, para que o aluno possa realizá-Ias num menor tempo.
• Não espere acumular conteúdos para começar a aplicar as avaliações. Ao contrário, aplique-as amiúde, de acordo com a progressão dos estudos, dando mais oportunidades aos alunos e evitando o acumulo de conteúdos a serem estudados. Para os disléxicos e preferível mais avaliações com menos conteúdo em cada uma delas.
• Sempre que possível, prepare avaliação individualizada. O ideal é que os instrumentais de avaliação sejam elaborados de acordo com as características do aluno disléxico. Desenhos, figuras, esquemas, gráficos e fluxogramas, ilustram, evocam lembranças, ou substituem muitas palavras e levam aos mesmos objetivos.
• Se for idêntica à dos colegas:
• Leia (você mesmo) os enunciados em voz alta, certificando-se de que ele compreendeu as questões ;
• Durante a prova preste-lhe a orientação necessária para que ele compreenda o que está sendo pedido e possa responder da melhor maneira possível;
• Respeite o seu ritmo permitindo-lhe, quando necessário, que a conclua na aula seguinte ou em outro lugar (sala da orientação pedagógica, sala da orientação educacional, biblioteca ... );
• Ao corrigi-Ia, valorize não só o que está explicito como também o implícito e adapte os critérios de correção para a sua realidade;
• Não faça anotações na folha da prova (sobretudo juízos de valor);
• Não registre a nota sem antes retomar a prova com ele e verificar, oralmente, a que ele quis dizer com a que escreveu;
• Pesquisar, principalmente, sobre a natureza do(s) erro(s) cometido(s): ex.: Não entendeu o que leu e por isso não respondeu corretamente ao solicitado? Leu, entendeu, mas não soube aplicar o conceito ou a formula? Aplicou o conceito (ou a formula), mas desenvolveu o raciocínio de maneira errada? Em outras palavras: em que errou e por que errou?
• Somente a aplique se entender que o aluno terá realmente condições de revelar seu aproveitamento através dela. Caso contrário, por que aplicá-la? Para ressaltar - mais uma vez - a sua incapacidade?
• Dê ao aluno a opção de fazer prova oral ou atividade que utilize diferentes expressões e linguagens. Exija que o disléxico fale o que sabe, levante questões, proponha problemas e apresente soluções exclusivamente através da leitura e da escrita e violentá-lo; e, sobretudo, negar-lhe um direito - natural - de comunicar-se, de criar, de livre-expressar-se.
• Trate o aluno disléxico com naturalidade. Ele é um aluno como qualquer outro; apenas, disléxico. A última coisa para a qual o diagnóstico deveria contribuir seria para (aumentar) a sua discriminação.
• Use Iinguagem direta, clara e objetiva quando falar com ele. Muitos disléxicos têm dificuldade para compreender uma linguagem (muito) simbólica, sofisticada, metafórica. Seja simples, utilize frases curtas e concisas ao passar instruções.
• Fale olhando diretamente para ele. Isso ajuda, e muito. Enriquece e favorece a comunicação.
• Traga-o para perto da lousa e da mesa do professor. Tê-lo próximo à lousa ou à mesa de trabalho do professor, pode favorecer o diálogo, facilitar o acompanhamento, facultar a orientação, criar e fortalecer novos vínculos...
• Verifique sempre e discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição. Ele tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula? Ele consegue entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado? Ele está acompanhando o raciocínio, a explicação, o fato? Repita sempre que preciso e apresente outros exemplos, se for necessário.
• Certifique-se de que as instruções para determinadas tarefas foram compreendidas. O que, quando, onde, como, com o quê, com quem, em que horário etc. Não economize tempo para constatar se ficou realmente claro para o aluno o que se espera dele.
• Observe discretamente se ele fez as anotações da lousa e de maneira correta antes de apagá-la. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas.
• Observe se ele está se integrando com os colegas. Geralmente, o disléxico angaria simpatias entre os companheiros. Suas qualidades e habilidades são valorizadas, o que lhes favorece no relacionamento. Entretanto, sua inaptidão para certas atividades escolares (provas em dupla, trabalhos em grupo, etc.) pode levar os colegas a rejeitá-lo nessas ocasiões. O professor deve evitar situações que evidenciem esse fato. Com a devida distância, discreta e respeitosamente, deve contribuir para a inserção do disléxico no grupo-classe.
• Estimule-o, incentive-o, faça-o acreditar em si, a sentir-se forte, capaz e seguro. O disléxico tem sempre uma história de frustrações, sofrimentos, humilhações e sentimentos de menos valia para a qual a escola deu significativa contribuição. Cabe, portanto, a essa mesma escola, ajudá-lo a resgatar sua dignidade, a fortalecer seu ego, a (re) construir sua auto-estima.
• Sugira-lhe "dicas", "atalhos", "jeitos de fazer", "associações"... Que o ajudem a lembrar-se de, a executar atividades ou a resolver problemas.
• Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.
• Atenção: em geral, o disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o todo. Abordagens e métodos globais e dedutivos são-lhe de difícil compreensão. Apresente-lhe o conhecimento em partes, de maneira indutiva.
• Permita, sugira e estimule o usa de gravador, tabuada, máquina de calcular, recursos da informática ...
• Permita, sugira e estimule o uso de outras linguagens.
Faz-se importante que as dicas relatadas abaixo, referentes à forma de avaliação do aluno Disléxico também sejam seguidas.
PRINCIPAIS DICAS PARA A AVALIAÇÃO NO ENSINO DE DISLEXIA
• Avaliações que contenham exclusivamente textos, sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas a tais alunos;
• Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova (preferencialmente "Arial 11" ou Times New Roman 12), evitando-se misturas de fontes e de tamanhos, sobretudo as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas;
• Dê preferência a avaliações orais, através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s) assunto(s) em questão;
• Não indique livros para leituras paralelas. Quando necessário, proponha outras experiências que possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de teatro; visitar um museu, um laboratório, uma instituição, empresa, etc. recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de informática;
• Ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que possam confundir o leitor;
• Ao empregar questões com respostas "falso-verdadeiras":
- Construa um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a metade, tornando-as falsas;
- Evite o uso da negativa e também de expressões absolutas;
- Construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma extensão;
- Inclua somente uma idéia em cada afirmações;
• Ao empregar questões de associações:
- Trate de um só assunto em cada questão;
- Redija cuidadosamente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos;
• Ao empregar questões de lacuna:
- Use somente um claro, no máximo dois, em cada sentença;
- Faça com que a lacuna corresponda a palavra ou expressão significativas, que envolvam conceitos e conhecimentos básicos e essenciais – também chamados de "ferramentas", e não a detalhes secundários;
- Conserve a terminologia presente no livro adotado ou no registro feito em aula.
O disléxico tem dificuldade para entender o que lê; para decodificar o texto; para interpretar a mensagem; tende a ler e a interpretar o que ouve de maneira literal. Assim sendo:
· Utilize linguagem clara, objetiva, com termos conhecidos;
· Elabore enunciado com textos curtos, com linguagem objetiva, direta, com palavras precisas e inequívocas (sem 'duplo' sentido);
· Procure deixar as questões ou alternativas com a mesma extensão;
· Evite formular questões que possuem negativas;
· Trate de um só assunto em cada questão;
· Se for indispensável a utilização de um determinado texto, subdivida o original em partes (não mais do que cinco ou seis linhas cada uma);
· Divida um "grande" texto, do qual decorre uma "grande" questão, em "pequenos" textos acompanhados de suas respectivas questões;
· Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e assemelhados, que possam fazer referência aos conceitos trabalhados;
· Não utilize textos científicos ou literários (prefira os poéticos), que sejam densos, carregados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos com múltiplas conotações... Para que o aluno os interprete exclusivamente a partir da leitura. Nesses casos, recorra a oralidade;
· Evite estímulos visuais 'estranhos' ao tema em questão;
· Em utilizando figuras, fotos, ícones ou imagens, cuidar para que haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem;
· Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos entenderam o que foi perguntado, se compreenderam e se esperam que seja feito (o que? Como?);
· Destaque claramente o texto de sua(s) respectiva(s) questão (ões).
O disléxico tem dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço visual.
Assim sendo:
• Observe as direções da escrita (da esquerda para a direita e de cima para baixo) em todo a corpo da avaliação.
O disléxico tem dificuldade com a memória visual e/ou auditiva (o que lhe dificulta ou lhe impede de automatizar a leitura e a escrita). Assim sendo:
Repita o enunciado na(s) página(s) seguinte(s), sempre que se fizer necessário;
• Não elabore avaliações que privilegiem a memorização de nomes, datas, fórmulas, regras gramaticais, espécies, definições, etc. Quando tais informações forem importantes, forneça-as ao aluno (verbalmente ou por escrito) para que ele possa servir-se delas e empregá-las no seu raciocínio ou na resolução do problema;
• Privilegie a avaliação de conceitos e de habilidades e não de definições;
• Permita-lhe que utilize a tabuada, calculadora, gravador, anotações, dicionários e outros registros durante as avaliações;
• Instruções curtas e simples (e uma de cada vez) evitam confusões;
• Elabore questões em que o aluno possa demonstrar o que aprendeu completando, destacando, identificando, relacionando ou reconhecendo informações ali contidas.
O aluno disléxico ou com outras dificuldades de aprendizagem tende a ser lento (ou muito lento). Assim sendo:
• Dê-lhe mais tempo para realizar a prova;
• Possibilite-lhe fazer a prova num outro ambiente da escola (sala de orientação, biblioteca, sala de grupo);
• Elabore mais avaliações e com menos conteúdo, para que o aluno possa realizá-Ias num menor tempo.
• Não espere acumular conteúdos para começar a aplicar as avaliações. Ao contrário, aplique-as amiúde, de acordo com a progressão dos estudos, dando mais oportunidades aos alunos e evitando o acumulo de conteúdos a serem estudados. Para os disléxicos e preferível mais avaliações com menos conteúdo em cada uma delas.
• Sempre que possível, prepare avaliação individualizada. O ideal é que os instrumentais de avaliação sejam elaborados de acordo com as características do aluno disléxico. Desenhos, figuras, esquemas, gráficos e fluxogramas, ilustram, evocam lembranças, ou substituem muitas palavras e levam aos mesmos objetivos.
• Se for idêntica à dos colegas:
• Leia (você mesmo) os enunciados em voz alta, certificando-se de que ele compreendeu as questões ;
• Durante a prova preste-lhe a orientação necessária para que ele compreenda o que está sendo pedido e possa responder da melhor maneira possível;
• Respeite o seu ritmo permitindo-lhe, quando necessário, que a conclua na aula seguinte ou em outro lugar (sala da orientação pedagógica, sala da orientação educacional, biblioteca ... );
• Ao corrigi-Ia, valorize não só o que está explicito como também o implícito e adapte os critérios de correção para a sua realidade;
• Não faça anotações na folha da prova (sobretudo juízos de valor);
• Não registre a nota sem antes retomar a prova com ele e verificar, oralmente, a que ele quis dizer com a que escreveu;
• Pesquisar, principalmente, sobre a natureza do(s) erro(s) cometido(s): ex.: Não entendeu o que leu e por isso não respondeu corretamente ao solicitado? Leu, entendeu, mas não soube aplicar o conceito ou a formula? Aplicou o conceito (ou a formula), mas desenvolveu o raciocínio de maneira errada? Em outras palavras: em que errou e por que errou?
• Somente a aplique se entender que o aluno terá realmente condições de revelar seu aproveitamento através dela. Caso contrário, por que aplicá-la? Para ressaltar - mais uma vez - a sua incapacidade?
• Dê ao aluno a opção de fazer prova oral ou atividade que utilize diferentes expressões e linguagens. Exija que o disléxico fale o que sabe, levante questões, proponha problemas e apresente soluções exclusivamente através da leitura e da escrita e violentá-lo; e, sobretudo, negar-lhe um direito - natural - de comunicar-se, de criar, de livre-expressar-se.
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